Nota de correção:
Queridos leitores,
Devo informar-lhes de que cometi um erro em dar o exemplo do
uso da partícula (ou pronome) “-se” para identificar o sujeito indeterminado em
uma frase. Para exemplificar o uso da partícula, usei a frase “Admitem-se funcionários”
e afirmei que o fato de poder passar pra voz passiva tornava o sujeito indeterminado
sendo que, na verdade, é o contrário: SE FOR POSSÍVEL PASSAR PARA A VOZ PASSIVA,
NÃO HÁ SUJEITO INDETERMINADO, E SIM UM SUJEITO PACIENTE. A voz passiva ficará assim:
“Funcionários são
admitidos”.
Sujeito Paciente: “Funcionários”.
Função da partícula “-se”: Partícula apassivadora.
Aviso que na postagem já está aplicado um exemplo correto. Porém o áudio ainda permanece com erro. Atentem-se a isso! Com os erros,
aprendemos! Sem crises! =)
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Como vimos no post anterior, a análise sintática é
feita a partir da classificação de elementos que aparecem dentro de termos da oração que são:
Termos
essenciais: Sujeito e
predicado, responsáveis pela estrutura da oração;
Termos
integrantes: Objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal e o agente da passiva. Complementam o
sentido de verbos e nomes;
Termos
acessórios: Adjunto adnominal,
adjunto adverbial e aposto. Não são fundamentais, modificam ou especificam
outros termos.
Hoje estudaremos sobre os termos essenciais da
oração: Sujeito (tipos de sujeito) e
predicado (tipos de predicados).
Estudos linguísticos explicam que, para o enunciado
ter algum sentido as palavras precisam relacionar-se entre si, formando frases.
A análise sintática é o processo de
reconhecimento das funções que um termo (constituinte) exerce sobre o outro
termo (constituinte) dentro da oração.
Vejamos:
Os
professores elaboram as provas.
Na oração, o verbo principal é “elaboram”. Neste
caso, pergunte ao verbo:
“Quem elabora?” – os professores.
“Elaboram o quê?” – elaboram as provas.
Sujeito: é o elemento de quem se declara alguma coisa.
Predicado: é TUDO aquilo que se diz sobre o sujeito.
TIPOS DE SUJEITO
Existem 4 tipos de sujeito, que podem ou não estar
explícitos na oração. São eles:
Sujeito simples:
O filho de Amanda reprovou em matemática.
Sabemos que quem reprovou foi “O filho de Amanda”. Um sujeito que apresenta apenas um núcleo
(palavra mais importante), que é filho. Por apresentar apenas uma palavra, ou
seja, um só núcleo, temos então um sujeito
simples.
Sujeito simples: é aquele que apresenta um só núcleo.
Sujeito composto
Cássio e Ana decidiram comprar um carro juntos.
Sabemos que quem irá comprar é “Cássio e Ana”, um sujeito que apresenta dois
núcleos. Temos então um sujeito composto.
Sujeito composto: é aquele que
apresenta mais de um núcleo.
Sujeito oculto (elíptico, desinencial
ou implícito)
Estamos
ansiosos pela viagem!
Neste caso, o sujeito não aparece claramente na
oração, mas pela terminação, ou desinência – mos, que refere-se à primeira pessoa do plural“nós”, entendemos
que “Nós estamos ansiosos pela viagem”.
Sujeito
oculto ou desinencial – é aquele que está implícito na oração, mas que pode
ser determinado pela desinência ou terminação verbal.
Sujeito indeterminado
Falaram mal de mim!
Neste caso, o que caracteriza um sujeito indeterminado
é o uso da 3ª pessoa do plural. O verbo não se refere a nenhum termo
identificado anteriormente (a menos que haja um contexto, como por exemplo:
“Eles são chatos e falaram mal de
mim! – no contexto, sabemos que quem falou foram “eles”.)
Necessita-se de
funcionários. (verbo transitivo indireto)
Nesse caso não é possível passar a oração para a voz
passiva, o que também caracteriza a indeterminação do sujeito. Veja:
Além de o pronome em destaque “-se”
funcionar como índice de indeterminação
do sujeito, quando tentarmos trocar para a voz passiva, a preposição "De", necessariamente ficaria no início da frase, antes do sujeito mas como sabemos, o sujeito NUNCA deve ser precedido de preposição. Além disso, uma outra regra básica e de fácil memorização, é que NUNCA se é possível passar para voz passiva verbos intransitivos ou verbos transitivos indiretos, como no caso do exemplo dado "necessitar".
Oração sem sujeito ou sujeito
inexistente:
Há, por último, situações nas quais o sujeito é
inexistente. São as orações sem sujeito. Para identificá-las, temos algumas
regras:
- Com verbo haver no
sentido de existir:
- Com os verbos haver, fazer e ir referindo-se a tempo decorrido:
Faz muito tempo que não a
vejo.
Morei em Ubatuba há cerca de 7 anos.
Ia o tempo da Ditadura quando se casaram.
- Com o verbo ser
indicando tempo em geral:
- Com verbos que denotam fenômenos da natureza em geral:
De noite choveu.
Ventava forte em Cabo Frio.
Isso não ocorre quando os
verbos têm sentido figurado:
Eles amanheceram irritados. (suj. simples – Eles.)
Oração sem sujeito: é aquela
que se forma apenas pelo predicado, e não se refere a nenhum ser.
TIPOS DE PREDICADO
Temos 3 tipos de predicado na análise sintática. São
eles:
Predicado nominal: o núcleo é um
nome.
Você é um estudante inteligente.
O verbo “ser”
é um verbo de ligação que não
transmite informações sobre o sujeito, portanto o núcleo desse predicado é um
nome, tornando-o um predicado nominal. Outros exemplos:
Durante a
aula, ela pareceu-me nervosa.
Predicado verbal: o núcleo é um
verbo.
As crianças comeram o bolo apressadamente.
Predicado verbo-nominal: há dois núcleos,
um verbo e um nome.
Ele me contou tudo isso muito chateado.
Nesse caso, há um núcleo verbal (contou) e um núcleo
nominal (chateado). Esse predicado é classificado como verbo-nominal.
É isso, pessoal! Esta foi o que podemos chamar de
base para uma boa análise sintática. Sabemos que são muitas regras, mas estudá-las
e entendê-las é fundamental para elaboração de boas construções.
Terminamos então a análise dos termos essenciais e a
partir deles iremos estudar os termos integrantes da oração, que são objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal e o agente da passiva.
Com sujeito e predicado?
Ah, sem crises!
Mônica, adorei! rsrs
ResponderExcluirEu já conhecia o sotaque, claro. Fiz, inclusive, muitas transcrições fonéticas dele. Mas, ele fica bem mais bonito na voz de quem gostamos.
Obrigada pela indicação e um grande beijo pra você também.♥
Oi, Maria Lúcia!
ResponderExcluirMuito obrigada! Ainda estou tentando me acostumar em ouvir a minha voz...rs
Beijo grande!
Oi gostei muito do teu blog!!
ResponderExcluirhttp://amazoniaumcaminhoparaosonho.blogspot.com/
Olá!
ResponderExcluirMuito obrigada!
Abraço!
Achei bem didática a sua explicação. Estava precisando de algo básico para entender coisas mais complexas. Prestarei o concurso do senado e a banca (FGV) pega pesadíssimo nas questões gramaticais, especialmente análise sintática. Parabéns!
ResponderExcluirFrank R. Pereira
Campo Grande/MS
Olá, Frank!
ResponderExcluirQue bom que, de alguma forma a matéria foi útil para você!
Fico muito feliz em saber! Volte sempre!
Abraço!
Mônica Lima Falsarella
Conheci o blog hoje.
ResponderExcluirDe fato, é excelente.
Se me permite, com todo respeito, mas a fim de apenas corrigir um pequeno equívoco quanto à grafia de "viajem" utilizada no exemplo.
Sujeito oculto (elíptico, desinencial ou implícito)
Estamos ansiosos pela viajem!
Em verdade, trata-se de substantivo cujo grafia adequada e correta é com "G", pois com "J" se refere ao verbo - Viajar.
Ex: Eu vou viajar amanhã para São Paulo.
No mais, parabéns!
Bom dia, Cícero!
ResponderExcluirTem toda razão! Muito obrigada por avisar!! Ainda sofro muito com essa palavrinha, chega a ser, para mim, algo tão simples mas que atrapalha às vezes!
Obrigada pela visita e pela correção! Seja sempre bem-vindo!
Mônica Lima Falsarella