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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Fechando 2009 rindo um pouquinho...

Oi, pessoal!

Estou aqui hoje para agradecer a participação, as dicas e os elogios dos leitores e seguidores do blog.

Embora eu esteja ainda engatinhando, acredito que, como um bebê, este é o primeiro estágio para meu desenvolvimento, por isso conto sempre com a colaboração de todos através dos comentários e e-mails.

Datas e tempos foram instituídos pelo homem apenas para enumerar fatos e organizar a vida evitando assim um caos, mas posso afrmar que 2009 pra mim, foi um grande ano. Aprendi com erros, aperfeiçoei os acertos, chorei muito, mas depois dei as melhores gargalhadas pra compensar.

E a vida é composta disso: choros e risos, erros e acertos, noites de sono e noites de baladas, preguiça ou pura adrenalina, dias chuvosos e dias ensolarados. O tempo é iminente a todos, sem exceção, mas o grande segredo é saber lidar com o fracasso e com o sucesso não permitindo que nem um nem outro domine ou subverta sua personalidade ou seu caráter.

Ah! Lembro a todos que começarei a faculdade e estou bem ansiosa, mas como não podia faltar algo de interessante, tenho uma coisinha pra mostrar a vocês.
Navegando na internet achei um absurdo a venda de monografias para TCC!!! Mas, mais absurdo ainda foi o "naipe" dos compradores que acabaram de concluir Letras e que acham que podem entrar numa sala de aula para lecionar língua portuguesa.

Acho que terei muito trabalho daqui alguns anos..rs


Segue imagem de um fórum: (clique para ver melhor)




Mim acha que "auxilio" também tem acento, mas de todos os males, é o menor...rs

Fala se não é de chorar ver uma coisa dessas?

Em 2010 nos veremos, e prometo trazer muito conteúdo pra todos.

Sem crises...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"O porquê do por quê." - Variações de POR QUE


Mas por que porquê?


Oi pessoal!

Fiz minha matrícula na faculdade, e em alguns anos serei mestre em língua portuguesa/inglês, o que me deixa muito feliz e ansiosa. Aliás, recebi elogios na faculdade pela nota 9 na prova...rs
Esta é a penúltima matéria do ano no Crase sem Crise, e agradeço desde já o carinho atribuído ao blog pelos seguidores.

Já fui cobrada algumas vezes a elaborar uma matéria que esclarecesse o porquê do "por que", por isso elaborei essa. Espero que gostem!

Vamos lá?

Porque

É usado numa só palavra sem acento se puder ser substituído por: “pois”, “que”, porquanto”, “uma vez que”, “pelo fato”, “pelo motivo”, e outras conjunções explicativas e causais (causa).

É um equívoco entender que "porque" se divide em duas palavras sempre que houver pergunta. Na pergunta abaixo, expõe-se um causa que exige resposta positiva ou negativa:

“Porque é rico acha que pode tudo?"

Em casos raros "porque" equivale a "para que":

“Torço porque (para que) ele se recupere bem.”

Porquê


É usado numa só palavra acentuada, como substantivo, sinônimo de motivo, causa ou razão:

“Entendo o porquê da demissão”.

“Os porquês dele não têm fundamento”.


Por que


É usado em duas palavras sem acento em perguntas, e sempre que puder ser substituído por:

“a razão pela qual”, “por qual razão”, “por qual motivo”, “o motivo pelo qual”, “para que” “pelo qual”, “pelos quais”.

Justificativa: Escreve-se o por junto de que quando o que tem função de pronome relativo ou de pronome interrogativo.

“Não sei por que (por qual motivo) o gerente não aprovou o projeto”.
“Agora sei por que (a razão pela qual) ele saiu da empresa”.
“Quero saber (a razão) por que ele demorou”.
“Por que (motivo) o gerente não aprovou o projeto. Qual foi o critério”?


Por quê

É usado em duas palavras, com acento nos mesmo casos anteriores, porém no fim da frase, já que a palavra “que” no final se torna tônica. Nesse caso, não acentue se houver vírgula, porque ela não configura fim de frase, acentue apenas se houver em seguida um ponto final.

“Sorriu sem saber por quê”.
"Ninguém sabe como e por quê"

É isso aí gente, agora sabemos quando e por que se escreve “porque” ou “por quê” e o porquê dessas variações.

Sem crises...
Matéria baseada na revista Língua Portuguesa - Ed. Segmento - Dez 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"Sou loura mas não sou clichê!" - CLICHÊS




Olá leitores e amigos seguidores! Obrigada pelos e-mails e comentários! =)


Apesar de ser loura desde os 12 anos, simplesmente amo piadas de louras. As considero criativas e passam a ideia de que algumas mulheres se preocupam tanto com vaidades e futilidades do que com seu lado intelectual, independente da cor de seus cabelos.


Mas de onde veio essa mania de "loura burra"? Ah, essa é fácil! Surgiu com o sucesso de Gabriel, o Pensador, que escreveu a música "Loura Burra" nos anos 90, cujo refrão acabou virando clichê.


Hoje abordaremos o tema "clichês", que embora seja muito usual na nossa língua, pode empobrecer uma redação ou um discurso.


O que são clichês?


Clichês, lugares-comuns, junção de substantivos e adjetivos são um vício de linguagem. São expressões prontas que mostram um forte indício de preguiça mental. Não, não estou dizendo que o Pensador sofra desse mal. Ao contrário, se tem uma coisa que sobra no cantor e compositor é agilidade de raciocínios.

O ponto é que alguém, num determinado momento, utiliza um termo que, na ocasião, gera ao leitor ou ouvinte um agradável susto-de-novidade, e isso é muito positivo. Porém, depois de algum tempo de milhões de repetições o termo acaba virando clichê ("susto-de-novidade"não pode ser encontrado em nenhum dicionário, mas pode virar um clichê se repetido por muitas pessoas por muitas vezes).


Existe até uma anedota sobre o sujeito que foi ver Hamlet pela primeira vez e queixou-se que a peça estava cheia de clichês:


"Ser ou não ser, eis a questão"

"O resto é silêncio"


Otros bem conhecidos e infelizmente ainda muito utilizados são:

"corpo escultural"
"posição privilegiada"
"profissional de mão cheia" (experiente)
"sem dó nem piedade"
"levar ao pé da letra"
"tem espírito de porco"
"meteu os pés pelas mãos"
"colocar o carro na frente dos bois"
"contar com o ovo dentro da galinha"
"mistura explosiva"
"sonora vaia"
"porões da ditadura"
"abrir com chave de ouro"
"começou com o pé diteito"
"luz no fim do túnel"
"no fundo do poço"
"começar do zero"
"pergunta que não quer calar"
"quatro cantos do mundo"
"ente quatro paredes"
"de mão beijada"
"dúvida cruel"
"figura angelical" (ah, gente, esse é obrigatório evitar!)


...e por aí vai.


Utilizamos o clichê como um atalho, quando estamos com preguiça de pensar ou quando queremos que nosso ouvinte entenda logo o ponto principal. Assim tornamos a linguagem mais rápida e mais coletiva, mas ao mesmo tempo a torna menos criativa e menos pessoal.


Uma dica é: Policie seu uso. O melhor exercício é ler coisas escritas pelos outros e anotar numa folha todos os clichês encontrados. Depois, tentar criar formas alternativas de passar a mesma informação.


Exemplos:


Clichê:
"Ela tem espírito de porco."
Podemos dizer:
"Ela não tem personalidade."

Clichê:
"Ele meteu os pés pelas mãos."
Podemos dizer:
"Se precipitou em tomar a atitude, o que lhe causou mais problemas."

É isso aí, leitores!
Vamos evitar os clichês e fugir deles como "o Diabo foge da Cruz" (olha o clichê)!



Sem crises...






Matéria baseada no artigo "As marcas do clichê" de Braulio Tavares - Revista Língua Portuguesa - Nov-2009.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mas você adora um "Se"... - Funções do "SE"



“Se”
Djavan

Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?Quando é assimDeixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.


Sem que percebamos, o pronome ou conjunção “se” é uma das palavras com mais funções na nossa língua. Na música, por exemplo, sem contarmos o título, ela aparece quatro vezes.
Analisaremos nessa matéria as muitas funções do “se” tanto na função sintática (função da palavra dentro de uma oração ou de uma frase), como morfológicas (que estuda as classes das palavras). Vamos lá?


Funções morfológicas:

1- Conjunção coordenativa

Equivale a "ou... ou,", "quer... quer" ou "seja... seja".

SE queremos, SE não queremos nos finaremos como todo ser vivo.
SE vote, SE não vote, você estará mal representado.
SE no começo, SE no fim das explicações, o uso do hífen continua confuso.

2. Conjunção subordinada

Une orações subordinadas.

a) Condicional. Introduz oração subordinada condicional.
SE a juventude soubesse, erraria menos; SE a velhice pudesse, erraria mais.
SE a oração subordinada vier antes da principal, será separada por vírgula.
A oração subordinada será separada por vírgula SE vier antes da principal.

b) Integrante. Introduz oração subordinada substantiva objetiva direta.
Não sei SE fico, não sei SE vou. Gostaria de saber SE ela ainda me quer.
Avise-me SE ela um dia despencar do céu.

3. Partícula integrante do verbo

Liga-se a verbos pronominais, os usados só na forma pronominal para exprimir sentimento ou mudança de estado: apiedar-se, arrepender-se, dignar-se, queixar-se, regozijar-se, suicidar-se, ufanar-se, zangar-se e outros. Tais verbos são sempre conjugados com um pronome pessoal oblíquo. Arrependo-me, arrependes-te, arrepende-se etc.
Ela SE queixava muito dele. Arrependeu-SE tarde demais.
Ele suicidou-SE (OU: SE suicidou) por causa das queixas.

Em algumas regiões, porém, os falantes usam tais verbos como não pronominais e, em outras, usam como pronominais verbos que não são:
Eu ARREPENDI (em vez de: ME arrependi) de ter votado no Lula.
O delegado disse que o homem SUICIDOU (por: SE suicidou) com três tiros.
Rui Barbosa ACORDAVA-SE (por: ACORDAVA) cedo todos os dias.

4. Partícula espontaneidade ou expletiva de realce

Aparece junto de verbos intransitivos apenas para realçar o sujeito; portanto, sem função sintática: o pronome pode ser eliminado sem prejuízo para a compreensão da frase.
Exemplos:
Ela foi-SE embora para não mais voltar.
Acabou-SE o que era doce.

5. Pronome apassivador ou partícula apassivadora.


Faz parte da formação da voz passiva sintética apenas com verbos transitivos diretos e transitivos ao mesmo tempo diretos e indiretos.

Exemplos:
Viam-SE ao longe os pássaros esvoaçantes. Vendem-SE deputados e senadores. Aquela habilidade SE aprende (aprende-SE) na escola.
Na linguagem oral, muitas vezes se ignora a concordância, que alguns consideram artificial. O que resulta em casos como "Via-se ao longe os pássaros esvoaçantes", com o sujeito indeterminado. Nota-se a tendência na escrita, mas convém evitar em provas ou textos oficiais.

6. Pronome reflexivo

Liga-se ao verbo na voz reflexiva como pronome pessoal oblíquo átono, revelando o papel de paciente da coisa ou indivíduo apontado pelo sujeito. Equivale à expressão "a si mesmo".

Magoou-SE ao ouvir as acusações injustas. A floresta estende-SE a perder de vista. Maria SE refugiou da chuva. Criou-SE ouvindo Mozart. Ele SE considera livre.

Funções Sintáticas:

Como pronome, o SE exerce quatro funções sintáticas.

1 Sujeito do infinitivo.
É o caso das orações subordinadas reduzidas com verbos no infinitivo, do qual o SE funciona como sujeito.

Como não havia outro jeito, o bom Jesus deixou--SE matar.
Sentiu-SE enfraquecer e caiu no gramado.
Fez-SE ouvir com um grito.

De acordo com a gramática tradicional, o SE, portanto, é sujeito do infinitivo (matar, enfraquecer, ouvir) e objeto direto do verbo flexionado (deixou, caiu, fez).

2 Objeto direto. Complementa o sentido do verbo transitivo direto com sujeito animado.

Ele SE recusa a cumprir ordens.
Cansou-SE de trabalhar por salário tão vil.
Levantou-SE pronto para lutar.

3 Objeto indireto. Serve de complemento indireto apenas se o verbo for transitivo direto e indireto.

Ele SE impôs um regime férreo para perder a pança.
Lula SE dá o direito de decidir tudo nas questões internacionais.

4 Índice de indeterminação do sujeito.

Conhecido também como símbolo de indeterminação do sujeito, pronome apassivador impessoal e pronome impessoalizador. Liga-se somente a verbo intransitivo ou transitivo indireto, que aparece apenas na terceira pessoa do singular.

Trata-SE de um Congresso extremamente laborioso o nosso.
Precisa-SE de candidatos honestos.
Louva-SE aos deputados pela criação de mais de 7 mil vagas de vereadores.
Assim SE vai aos cafundós.


Matéria baseada na revista Língua Portuguesa - Nov/2009 - Editora Seguimento por Josué Machado

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Uma vírgula!!! - USO DA VÍRGULA






Oi, pessoal!

Sei que sumi, mas justifico: Conheci Búzios! =)

Tirei muitas fotos, mas uma em especial está nesse post. Não, não estou louca. Não fiquei num lugar paradisíaco desse tentando achar defeitos para depois postar no blog, mas esse anúncio me chamou muito a atenção.

Trata-se da inauguração de uma conceituada loja de móveis planejados na cidade de Búzios, que, como podem ver na foto, promete trazer ainda mais estilo para a cidade. Mas o que tem de interessante nessa foto? Nada demais, a não ser que, quando lí a frase do anúncio - "Búzios, em breve, terá mais estilo" -, pensei: "Pra que tanta vírgula, meu Deus?"

De início eu tiraria todas, e isso foi assunto de debate em família e amigos durante alguns minutos. Pensando nisso, resolvi estudar mais a respeito desse pequeno detalhe que pode fazer toda a diferença numa frase escrita e até mesmo falada, pra depois dividir com vocês no blog.
Ainda não sou mestre, então, caso eu entre em equívoco agradeço aos leitores e seguidores que puderem contribuir para melhorar a matéria. Vamos lá?

O que é a vírgula?É um sinal de pontuação.

Função:
A vírgula cria a expectativa da enumeração de termos de mesma função.

Regras para aplicação da vírgula:

1- A vírgula deve ser usada para separar sujeitos, verbos, complementos ou circunstâncias que não estejam ligados pela conjunção "e".

2- A vírgula marca o deslocamento da ordem natural das frases.

3- Não se deve separar por vírgula o sujeito de seu verbo.

Ao contrário do que muitos pensam, a vírgula não depende somente da pausa. Depende principalmente da posição dos quatro elementos básicos da frase:

A: sujeito
B: verbo
C: complemento
D: circunstância

Analisando a frase do anúncio:
"Búzios (A-sujeito), em breve, (D-circunstância), terá mais estilo (complemento)". Agora entendemos o porquê das vírgulas. Estão distribuídas de acordo com a regra.

Já que falamos acima, na segunda regra, sobre a posição natural das palavras, podemos reler o anúncio e perceber que a ordem natural seria:

"Em breve (C-complemtento), Búzios terá mais estilo." Usa-se somente uma vírgula, pois não se separa o sujeito do verbo.

Portanto, como interlocutores, tentamos nos colocar no lugar do "marketeiro", que organizou as palavras com a intenção de fazer um suspense:
"Búzios, em breve, (tchan, tchan, tchan, tchan), terá mais estilo".

Como criticar uma ideia que deu certo?

Um vídeo que mostra bem o a importância do emprego correto da vírgula é o da camapanha da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).





Diz o texto:

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Ainda achei isso na net e dei risadas:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER....* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

É isso aí, pessoal" Mesmo passeando pensei em algo legal pra postar, e, não querendo ser chata, mas percebem um pequeno defeito gramatical no banner abaixo?




Ah, gente, não quero ser chata, mas custava atribuir o acento no "Parabéns" nesse banner tão lindo? =(
Mas a intenção foi boa, pelo menos... =)
Sem crises...
Mônica Lima Falsarella
Matéria elaborada com base no site cursoderedacao.com.br

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bem ou mal? Mau ou bom? - Variação Linguística

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Olá!

Elaborei essa matéria para frisar que a dúvida é a mãe da sabedoria. Portanto, tenha dúvidas, para melhor aplicação de certas palavras numa sentença.


Antes de abordar suas as classes gramaticais, prefiro ir direto ao "truque" da aplicação dessas palavras: Faça uma substituição da palavra escolhida por seu antônimo. Escolha a que se encaixar melhor.


Seus antônimos:
"Mau" é o oposto de "bom".
"Mal" é o oposto de "bem".


Classificação gramatical:
"Mau" é adjetivo que qualifica um substantivo.
"Mal" é advérbio que combina com verbos, adjetivos e outros advérbios.

Existem, obviamente, outras classificações, porém, para esta postagem, destacaremos apenas essas.

Trocando por antônimos:

Não se encaixa:
Eu ainda o considero um mal professor.
Eu ainda o considero um bem professor.

Se encaixa:Eu ainda o considero um mau professor.
Eu ainda o considero um bom professor.

Não se encaixa:
Não pude comparecer, pois estava me sentindo mau.
Pude comparecer, pois estava me sentindo bom.

Se encaixa:
Não pude comparecer, pois estava me sentido mal.
Pude comparecer, pois estava me sentindo bem.


Não se encaixa:
Ele diz estar mau no emprego.
Ele diz estar bom no emprego.


Se encaixa:
Ele diz estar mal no emprego.
Ele diz estar bem no emprego.

Vale lembrar aqui que, quando se trata de "humor", existe o "bom humor" e o "mau humor". Apenas a palavra "bem", "bom", "mal" ou "mau" se ligam a hífen se a segunda palavra se iniciar com "h", como
"bem-humorado", ou "Ele está mal-humorado hoje!"


Como no caso do "bem" e do "mal", algumas palavras são mal aplicadas devido à variação linguística e pronúncia, afinal, muitas palavras são pronunciadas do mesmo jeito.

Obviamente, esta postagem refere-se apenas à Língua Portuguesa falada no Brasil. Outras possíveis variações linguísticas devem ser pesquisadas.



E você, leitor está bem ou mal? Sim, todos nós temos um ladinho "mau" e outro "bom", mas devemos procurar estar sempre "bem" e não permitir que algo nos deixe "mal".




Sem crises...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Crase: Uma pequena notável.






Mais uma vez, agradeço aos seguidores pelos e-mails e comentários!



Neste post abordarei o tema do meu blog - Crase sem Crise - que surgiu como um "estalo" na minha mente, quando lí que em 2005 o Deputado João Nermann Neto propôs abolir o acento do português do Brasil por meio do projeto de lei 5.154. Bombardeado, na ocasião, por linguistas e gramáticos, acabou por desistir do projeto. Ainda bem, na minha opinião. Na sua não? Tenho certeza que após ler essa matéria com carinho irá mudar seu conceito em relação à crase. Na verdade vai achá-la até bonitinha e agradável aos olhinhos e ouvidos.



Crase:

Se todos pensassem na crase como um simples acento para evitar ambiguidade ou simbolizar uma fusão nas frases, ela deixaria de ser encarada como um bicho-papão, como é encarada por muitos hoje.

Vale lembrar que "crase" não é o nome do acento, e sim da junção de a+a. O nome do acento é "grave".



No clássico "Decifrando a Crase" (Globo-2005), Celso Pedro Luft explica o uso do acento (`) no "a" em duas aplicações distintas:

1) Sinalizar uma fusão: "Ela compareceu à reunião de pais e mestres." (à = a a).

2) Evitar ambiguidade: "Ela falou à professora sobre o filho." (sem a crase a frase se torna ambígua)

Exemplos de casos em que a crase retira a dúvida de sentido numa frase lembrados por Luft:

Cheirar a gasolina. (aspirar o combustível)
Cheirar à gasolina. (cheirar tal qual o combustível)
O homem pinta a máquina. (usa tinta na máquina)
O homem pinta à máquina. (usa uma máquina para pintar)
Chegar a noite. (anoitecer)
Chegar à noite. (chegar durante a noite)

A crase em resumo:

1- Preposição a + artigo feminino definido a: "É fiel à disciplina."

2- Preposição a + pronome demonstrativo a (= aquela). "A dúvida dela é igual à de todos os outros."

3- Preposição a + vogal "a" inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. "Ela atribuiu a culpa àqueles alunos."

A seguir, algumas dicas que facilitam a aplicação da crase:


- Troque pelo masculino:

Em caso de dúvida troca-se a palavra feminina por equivalente masculino: "Ela foi à reunião." x "Ela foi ao escritório." Nesse caso, como na troca se exigiu "ao", há crase.

- Troque por outra perposição ou artigo:

Quando o "a" puder ser substituído por "com a", "na", "para a", "pela", mesmo que a troca não construa uma frase perfeita, aplica-se a crase:

"Ela foi à escola." Substituia por "Ela foi para a escola." , portanto aplica-se crase.

"Acostumou-se às exigências." Substitua por "Acostumou-se com as exigências.", portanto aplica-se crase.

- Àquele, àquilo:

Quando exigir a preposição "a" antes de "aquele" ou "aquilo", mesmo com termos masculinos:
"Foi assistir àquela reunião."
 "Foi aplaudir àquele aluno."



- Com casa:

Quando "casa" está acompanhada de adjetivo ou pronome, aplica-se crase:
 "Ele fugiu e depois voltou à casa dos pais."


Quando "casa" não está acompanhada de adjetivo ou pronome, não há acentuação:
  "Ele fugiu e depois voltou a casa."



- Com terra:

Genericamente não se usa crase acompanhada da palavra "terra", em oposição a "mar" ou "bordo":
"Os piratas vieram a terra."

Há crase, no entanto, se a "terra" estiver qualificada, ou determinada:
  "Os piratas vieram à terra dos índios."


- Com lugares:


Veja se o nome do lugar exige crase de um modo simples:

Volto da Amazônia, portanto, "Vou à Amazônia." Na troca, quando se utliliza "da" se usa a crase.

Volto de Santa Catarina, poranto, "Vou a Santa Catarina." Na troca, quando utiliza-se o "de" não se usa a crase.

O mesmo se dá quando, na troca utiliza-se "para" ou "para a".


"Vou para a França", portanto, "Vou à França" com crase. "Vou para Roma", portanto, "Vou a Roma", sem crase.


- Com hora determindada:


"Cheguei às duas horas."

"Comeremos às oito horas."


- Com vista:

"Compras à vista, em dinheiro." Leva acento por tradição, ao contrário de "a prazo", que não leva acento. "Foi pago a prazo."



Ok, concordo que exige certa paciência e algum esforço para lembrar tais regrinhas, mas achei importante dividir essa matéria com vocês principalmente pelo fato da crase trazer tantas dúvidas, mas concordam que não é um bicho papão?





Sem crises...




Fonte: Revista Língua Portuguesa - Outubro 2009 - Editora Segmento. Por Luis Costa Pereira Júnior e colaboração de Josué Machado.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Bom pra Burro - Ambiguidade

Esse é o slogan do conceituado dicionário Aurélio. Temos que confessar que lá no fundo achamos engraçado, porém, o uso do duplo sentido ou ambiguidade é uma via de mão dupla, que pode ter repercussão tanto negativa como positiva.


Hoje abordaremos esse tema: Ambiguidade.


A ambiguidade ou duplo sentido são geralmente provocados pela má organização de palavras numa frase.

Em campanhas publicitárias:

Como comentei no post anterior, a seguradora Sinaf, maior empresa funerária do Rio de Janeiro, com 10% do mercado carioca, criou em 2003 uma tradição de humor negro publicitário com slogans de duplo sentido:

“Cremação:uma novidade quentinha da Sinaf.”

“Nossos clientes nunca voltaram para reclamar.”

“O melhor plano é viver. Mas vai que dá errado.”

“Sinaf, 25 anos. Incrível chegar onde chegamos perdendo um cliente atrás do outro.”

Nesse caso a leitura de duplo sentido pode ter um efeito proposital. Mesmo produzindo mensagens no limite entre a eficiência e o mau gosto, o objetivo da seguradora sem dúvida foi alcançado. O tema “morte” afugentava os interessados nos serviços da empresa, mas o tom inusitado dos anúncios subverteu a dificuldade das pessoas a lidarem com o tema.O sucesso da campanha aumentou a procura pelos serviços funerários e facilitou a abordagem dos vendedores da empresa.


Outro caso de sucesso em campanhas que utilizam o duplo sentido é o do Hortifruti, bem conhecido por nós. A campanha ‘Aqui a natureza é estrela’ ganhou o Brasil, com paródias que utilizam títulos de filmes.



Também é muito comum ver mensagens publicitárias que permitem dupla interpretação, mas que botam a perder todo um esforço comunicativo.
Um exemplo disso é a Parmalat, que lançou em 1998 uma campanha para promover seu café solúvel. A ideia da campanha era produzir uma clássica combinação do café-com-leite, materializando uma combinação visual, em que brancos e negros formavam casais.
Porém, foi criado um texto com involuntária invocação racista:

“Um café à altura do leite”.

A frase passa uma ideia de discriminação ética, que sugere a superioridade do leite, branco, sobre o café, que por metáfora, é o negro.

Na redação:

Numa redação a ambigüidade ou duplo sentido deve ser evitado, pois, como no mercado, corre-se o risco de invalidar todo o resultado final, nesse caso o parágrafo ou a redação.

Exemplos:
Marcos disse ao amigo que sua mãe tinha viajado. (de quem é a mãe?)
A mulher chegou à rua com cheiro desagradável. (o cheiro era da mulher ou da rua?)
O professor falou com o aluno parado na sala. (quem estava parado na sala?)


Em alguns casos, a ambiguidade se dissolve apenas com o uso da crase:

Ele cheira a gasolina. (aspira o combustível)
Ele cheira à gasolina. (cheira mal tal qual o combustível)

Nosso próximo post abordará o uso da crase, que ainda parece ser um bicho-papão para muitos.


É isso aí, pessoal, até o próximo post!

Sem crises...



Fonte: Revista Língua Portuguesa – Editora Segmento – Outubro 2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Me dá uma mão, ou me dá um mamão? - Cacofonia


Desde já agradeço aos seguidores pelos comentários e e-mails. É gratificante saber que o objetivo do Crase sem Crise está sendo alcançado! Sejam sempre muito bem-vindos!

Devido ao grande número de acessos à matéria "Muletas do texto" elaborei mais esta, relacionada às figuras de linguagem. Hoje abordaremos o seguinte tema:

Cacofonia.

Já aconteceu com você de, ao ouvir determinada frase, percebeu que surgiu uma terceira palavra, dando duplo sentido, que não pertencia ao contexto e, por fim, se tornou desagradável aos seus ouvidos?

Isso é cacofonia. Define-se cacofonia sons desagradáveis, muitas vezes pela junção de duas palavras, que, ao pronunciadas, podem dar um tom pejorativo, engraçado ou obsceno.

Veja alguns exemplos comuns de cacofonias:

-Quero muito beijar a boca dela. (CADELA)
-Amo muito essa fada. (SAFADA)
-Me dá uma mão? (MAMÃO)
-Eu sei que amo ela. (MOELA)

Devo enfatizar aqui que a simplicidade e coerência são fatores decisivos para quem deseja um bom desempenho em provas de redação de vestibular e provas de instituições e órgãos governamentais. A cacofonia é, de longe, notada pela banca examinadora, devendo ser evitada tanto na linguagem escrita como na coloquial.

Pior ainda é a cacofonia que leva a termos deselegantes, que as pessoas educadas evitam.
Um exemplo disso está em um agradecimento por parte da apresentadora do programa "Superpop", Luciana Gimenez feito à mãe, a atriz Vera Gimenez:

"Mãe, queria agradecer por você ter me tido."

Desagradável, não acham?

Quando a cacofonia aparece em uma frase, ela pode, ou de fato, invalida todo o parágrafo, ou às vezes toda a redação. Não vai querer correr o risco de perder todo seu tempo, esforço e criativiade por causa da má colocação ou mau uso de apenas duas palavras, não é mesmo?
Outros vícios de linguagem são ainda piores do que a cacofonia, como por exemplo a ambiguidade.
Nas próximas matérias abordaremos essa figura de linguagem, e como a mídia a utiliza para estimular a interpretação dos consumidores, como no caso de uma funerária do Rio de Janeiro que utiliza o seguinte slogan: "Se beber não dirija, se dirijir, Sinaf".

Até a próxima matéria!

Sem crises...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Muletas do texto - Tautologia


Olá,


A dica de hoje é: Cuidado com vícios de linguagem.


Frases feitas infestam textos de todo dia de publicações e de pessoas. São palavras que parecem destinadas a acompanhar-se sempre uma ligada à outra, como muletas. Nada muito grave, mas uma dupla capaz de empobrecer qualquer redação por ser um recurso repetitivo e cansativo.


Uma dessas muletas é: “uma maior”. Aplicando-a numa frase temos: “Precisamos de uma maior limpeza”. Por que antepor o artigo “um” ou “uma” ao adjetivo “maior”? Nesse caso ficaria melhor da seguinte forma: “Precisamos de limpeza, de mais limpeza, de maior limpeza”. Maior “sugere” outra dupla. “Para maiores informações (ou maiores detalhes), ligue para...”.


Maiores informações e maiores detalhes são frequentes em anúncios e avisos. Portanto será melhor para quem oferece as informações ou os detalhes adicionais que diga apenas: “Para mais informações ligue para...”. Ou “para mais detalhes...”. Até porque detalhe já é já é particularidade, pormenor, minúcia.


Comumente, porém erroneamente, se utiliza Tautologia em conversas informais e, às vezes, formais. Tautologia é o termo usado para definir um vício de linguagem, um texto que expressa a mesma ideia por formas diversas de maneira viciada. Pode ser considerada um sinônimo de pleonasmo ou redundância.


Observe a lista de Tautologia

  • elo de ligação
  • certeza absoluta
  • juntamente com
  • em duas metades iguais
  • há anos atrás
  • outra alternativa
  • detalhes minuciosos
  • anexo junto à carta
  • todos foram unânimes
  • encarar de frente
  • criação nova
  • retornar de novo
  • empréstimo temporário
  • surpresa inesperada
  • escolha opcional
  • planejar antecipadamente
  • possivelmente poderá ocorrer
  • comparecer em pessoa
  • propriedade característica
  • demasiadamente excessivo
  • a seu critério pessoal
  • seguindo em frente

Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia a dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha, utilizando tautologia e muletas sem que haja necessidade.


Sem crises...


Fonte: Revista Língua Portuguesa - Editora Segmento – Outubro 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E agora, José? - Reforma Ortográfica


Admiro e acompanho matérias do professor Pasquale Cipro Neto, e notei que até mesmo um expert ainda se intriga com o tal Acordo Ortográfico.
Pasquale chega a afirmar num artigo para o jornal Diário do Grande ABC: “Ainda há muitas nuvens escuras nesse céu."
Constam do novo Acordo as seguintes mudanças: Alfabeto, Grafia (Portugal), Trema e Acentuação (essa dividida em 5 categorias) e Hífen.

Abaixo veremos quais foram as mudanças:
- Alfabeto:

Inclusão de três letras. Passa a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k“, “w” e “y“.
- Grafia (Portugal)

Alterações limitadas a Portugal. Desaparecem o c e o p de palavras em que essas letras não são pronunciadas:

acção = ação
acto = ato
- Trema:Extinção do trema, que desaparece em todas as palavras:

freqüente = frequente
lingüiça = linguiça

- Acentuação 1

Acentuação dos ditongos das palavras paroxítonas. Some o acento dos ditongos (quando há duas vogais na mesma sílaba) abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte):

idéia = ideia
bóia = boia

- Acentuação 2

Acento circunflexo em letras dobradas. Desaparece o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos):

crêem = creem
enjôo = Enjoo

- Acentuação 3

Acento agudo de algumas palavras paroxítonas. Some o acento no i e no u fortes depois de ditongos (junção de duas vogais), em palavras paroxítonas:

baiúca = baiuca
bocaiúva = bocaiuva

- Acentuação 4

Acento diferencial. Some o acento diferencial (aquele utilizado para distinguir timbres vocálicos):

pêlo = pelo
pólo = polo

- Acentuação 5

Acento agudo no u forte. Desaparece o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar:

averigúe = averigue
apazigúe = apazigue

Hífen

Eliminação do hífen em alguns casos. O hífen não será mais utilizado nos seguintes casos:

1. Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente:
extra-escolar extraescolar aero-espacial aeroespacial

2. Quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes serem duplicadas:
anti-religioso antirreligioso anti-semita antissemita


ATENÇÃO! O hífen será mantido quando o prefixo terminar em r
Exemplos:

hiper-requintado
inter-resistente

Mas a principal alteração imposta pelo acordo é o uso do hífen.
Segundo Pasquale, hoje existem diversas interpretações que se fizeram de certos pontos do Acordo. Um deles diz respeito ao prefixo "re-", que em nenhum momento recebe tratamento especial do texto oficial do Acordo. “O resultado disso é que muita gente fez interpretação literal do texto e concluiu que devem ser grafadas com hífen palavras como estas: "re-edição", "re-educar", "re-eleger", "re-embolsar", "re-elaborar", "re-escrever" etc. Outros entenderam que, embora fiéis ao texto oficial do Acordo, essas grafias ferem a tradição etc. e, por isso, resolveram "burlar" o texto oficial e grafá-las sem hífen, ou seja, como são grafadas há muito tempo.”

Ao invés de Acordo Ortográfico, existe na verdade um desacordo entre dicionários. Como exemplo, o dicionário Universal que é editado pela respeitável "Texto" (cuja matriz é portuguesa), dá com hífen todos os casos de palavras em que o "re-" é agregado a vocábulos que começam por "e". A versão "míni" do Houaiss dá tudo isso sem hífen. Já o o do Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras é o que deixa o maior ponto de interrogação: “Existe nele uma contradição entre o que se lê nas páginas introdutórias e o que se encontra no próprio dicionário. Nas páginas introdutórias, informa-se, por exemplo, que o prefixo "re-" se aglutina (ou seja, une-se sem hífen) mesmo quando se agrega a palavras que começam por "e" ou "o". Deduz-se disso que não há hífen, por exemplo, em "reeducar", "reeleger" e casos afins, mas, quando se procuram essas palavras no corpo do dicionário, nota-se que elas aparecem... Com hífen!”-Admira-se Pasquale.


E agora, José? Como fica quem comprou a primeira edição? Fica como talvez ficará quem comprar a segunda: com muitas dúvidas, que talvez só sejam sanadas quando finalmente a Academia publicar o Vocabulário Ortográfico, prometido para o fim do mês que vem.
Me pergunto: por que tanta pressa em fazer vigorar esse acordo? Por que não seguir todos os passos, até a elaboração e a publicação do Vocabulário Ortográfico (em conjunto com Portugal, como prevê o texto oficial do Acordo), para só então pôr em vigor essa verdadeira colcha de retalhos? Assim seria bem melhor...



Sem crise...


Fonte: Reforma Ortográfica

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Crase sem Crise - REVISÕES




Além de postagens relacionadas à Língua Portuguesa e Literatura, o blog Crase sem Crise oferece também serviços de revisão de textos.

O objetivo é auxiliar na correção gramatical e concordância de textos como artigos, monografias, trabalhos acadêmicos, dissertações, teses, livros, manuais, projetos, relatórios e material publicitário ou para internet.







  • Revisão técnica (ortografia, concordância, regência, flexão, variedade, adequação, seleção, omissão, adição; pontuação).
  • Orientação textual: Análise e interpretação do texto. Sugestões de como deixar o texto claro, sem incoerências, supressões ou repetições de palavras.
  • Material publicitário ou para internet.


Os valores são estabelecidos por lauda, sendo que cada lauda corresponde a um texto de 1.250 caracteres (incluindo os espaços).

Valor por lauda: R$3,00.

Pedido mínimo de R$15,00 – (cinco laudas)

Formas de pagamento:

Até R$50,00 – à vista. No ato da entrega, após confirmação de depósito bancário.

Acima de 50,00 – parcelado 2 ou mais vezes, dependendo do valor.

Obs.: Os valores de revisões de material publicitário ou para internet serão sob consulta. É oferecido desconto de acordo com a quantidade de laudas.


O prazo de entrega: a combinar.


Você pode efetuar um orçamento utilizando o programa Microsoft Word. Clique na barra de menus em "  Ferramentas", " Contar palavras". Veriique o número de caracteres com espaços e divida-o por 1.250. 


O resultado obtido é o número de laudas que contém o texto (arredonde para mais, caso o resultado não seja um número inteiro, ex: 5,5 = 6).

Os textos serão revisados seguindo as regras do novo Acordo Ortográfico.

São utilizadas as principais gramáticas da Língua Portuguesa como ferramenta de base:

- Moderna Gramática Portuguesa – Evanildo Bechara – Ed. Nova Fronteira 37ª edição – 2009.
- Gramática em textos – Leila Lauar Saramento – Ed. Moderna – 2ª edição – 2009.
- O português simplificado – Com todas as letras – Eduardo Martins – Ed. Moderna - 2ª edição – 2009.
- Novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa – Ed. Moderna – 2009.

Em breve, ofereceremos serviços de revisão e tradução de texto na língua inglesa.

Para maiores informações e orçamentos, entre em contato nos telefones: (11) 4063-6938 e (11) 5730-7468, ou por e-mail: monylf@gmail.com


Como revisora autônoma, a autora do blog não possui estatuto de empresa.