
Olá,
A dica de hoje é: Cuidado com vícios de linguagem.
Frases feitas infestam textos de todo dia de publicações e de pessoas. São palavras que parecem destinadas a acompanhar-se sempre uma ligada à outra, como muletas. Nada muito grave, mas uma dupla capaz de empobrecer qualquer redação por ser um recurso repetitivo e cansativo.
Uma dessas muletas é: “uma maior”. Aplicando-a numa frase temos: “Precisamos de uma maior limpeza”. Por que antepor o artigo “um” ou “uma” ao adjetivo “maior”? Nesse caso ficaria melhor da seguinte forma: “Precisamos de limpeza, de mais limpeza, de maior limpeza”. Maior “sugere” outra dupla. “Para maiores informações (ou maiores detalhes), ligue para...”.
Maiores informações e maiores detalhes são frequentes em anúncios e avisos. Portanto será melhor para quem oferece as informações ou os detalhes adicionais que diga apenas: “Para mais informações ligue para...”. Ou “para mais detalhes...”. Até porque detalhe já é já é particularidade, pormenor, minúcia.
Comumente, porém erroneamente, se utiliza Tautologia em conversas informais e, às vezes, formais. Tautologia é o termo usado para definir um vício de linguagem, um texto que expressa a mesma ideia por formas diversas de maneira viciada. Pode ser considerada um sinônimo de pleonasmo ou redundância.
Observe a lista de Tautologia
- elo de ligação
- certeza absoluta
- juntamente com
- em duas metades iguais
- há anos atrás
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- anexo junto à carta
- todos foram unânimes
- encarar de frente
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planejar antecipadamente
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- seguindo em frente
Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia a dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha, utilizando tautologia e muletas sem que haja necessidade.
Sem crises...
Fonte: Revista Língua Portuguesa - Editora Segmento – Outubro 2009
Mônica teu blog é de utilidade pública.
ResponderExcluirfoi um prazer visitar.
Bem passo a ser seguidora.
Tenhas um ótimo fim d semana.
Olá, Mariana!
ResponderExcluirÉ muito gratificante saber que o objetivo do blog Crase sem Crise está sendo alcançado.
Obrigada pela visita e pelo comentário. Seja sempre muito bem-vinda!
Bj,
Mônica
O mais engraçado é que lendo a matéria temos a impressão de que são erros bobos, mas que costumeiramente acabamos cometendo.
ResponderExcluirO lado bom é que ficamos bem mais atentos ao falar e escrever.
Grande abraço.
Oi André!!!
ResponderExcluirTalvez utilizamos certas junções com a intenção de "incrementar" o texto ou o discurso. Uma intenção positiva, porém perigosa, por ser tão boba.
Abraço!
Môny
"tautologia cômica" é tautologia? acho que não... :O)
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