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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Acordo Ortográfico: Uma boa ideia?



Oi, pessoal!

A primeira matéria do Crase sem Crise – “E agora, José?” – tratou sobre o tema do Acordo Ortográfico. Independente de acharmos o tal acordo bom ou ruim, uma coisa é certa: precisamos nos adaptar a ele. Enquanto estou digitando essa matéria no Microsoft World algumas linhas apontam erros que ficaram pra trás com as novas regras, como exemplo a palavra “ideia” (sem acento). Pensando nisso a Microsoft disponibilizou um pacote de atualização que permite que seu Office trabalhe com as novas regras da reforma ortográfica. Clique aqui e veja a apresentação da Microsoft.

Algumas empresas já se adaptaram às novas regras, como no caso da Vulcabrás|Azaleia. Já outras ainda precisam se adaptar, como exemplo a CIA MÜLLER, fabricante da cachaça 51, que utiliza o slogan “Uma boa idéia”.

Confesso que ainda me confundo bastante, principalmente em relação à hifenização, (uso do hífen) portanto caso algum erro seja encontrado, aceito prontamente correções. Nesse post vamos relembrar tais regrinhas.

Vamos lá?





As regras ortográficas estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico, adotará as novas regras até 2014. Clique aqui para baixar o conteúdo preparado pelo G1.

Fonte: G1

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Quando o grama não é a grama." - PARÔNIMAS E HOMÔNIMAS


Oi pessoal!!

Nossa matéria abordará um tema que surgiu na minha mente enquanto eu estava numa fila de padaria.
As três pessoas que estavam à minha frente para serem atendidas colaboraram indiretamente para que eu tivesse essa ideia, e o garoto que nos servia teve maior participação. Entre pedidos de "pão nosso de cada dia", ouvia-se:

-“Por favor, gostaria de trezentas gramas de presunto e trezentas gramas de queijo prato."

Após ouvir repetidas vezes aqueles pedidos, fiquei imaginando um belo e espaçoso jardim gramado. Aliás imaginei grama de muitos sabores! Grama de queijo, grama de mortadela, grama de presunto, etc.

Realmente um jardim delicioso, literalmente falando!

Infelizmente precisei voltar à realidade! Chegou a minha vez! Pedi duzentos gramas de presunto e duzentos gramas de queijo prato, pois devemos levar em conta que "grama" nesse caso, vem de peso, gramatura, unidade de medida, portanto é substantivo masculino, e deve ser tratado como tal.

“Grama” só é feminino quando se trata de vegetal, mato.

Ex: A grama do estádio de futebol precisa ser cortada.

Outras palavras também nos causam certa confusão, e temos que tomar muito cuidado com elas, principalmente na escrita. São nomeadas Parônimas e Homônimas. Vamos reconhecê-las?

Parônimas:


São palavras parecidas em sua grafia, pronunciadas quase da mesma forma, mas muito diferentes no seu significado.




Homônimas Homófonas


HOMOGRÁFICAS: são as que têm a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas significados diferentes:





Aplicação numa frase:

Ele janta (verbo). / A janta está pronta (substantivo);
Eu passeio pela rua (verbo). / O passeio que fizemos foi bonito (substantivo).

HETEROGRÁFICAS: são as que têm pouquíssima diferença na grafia e exatamente a mesma pronúncia, porém de significados diferentes:



Obs.: As homônimas são sempre homófonas, por terem a mesma pronúncia.

Ok, gente, concordo que são chatas essas nomenclaturas da nossa língua portuguesa, mas o objetivo dessa matéria não é que decoremos essas classificações especificamente, e sim que prestemos mais atenção em como escrevemos, para que não seja perdido o sentido de uma frase, que pode comprometer todo um trabalho.


Sem crises...


Exemplos de palavras retirados em sites de pesquisa, ex: Wikipédia.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Internetês - GRAFIA






Oi, pessoal!

Uma preocupação dos profissionais de educação é a grafia ocorrente de abreviações em provas e concursos, devido ter-se criado um hábito de abreviar muitas palavras quando se utiliza a internet Esse foi o tema do meu vestibular: Internetês. Preparei essa matéria para mostrar que tanta preocupação ainda não é necessária. Eu disse: ainda...

Todos nós internautas, sabemos que muita coisa mudou desde que a internet começou a popularizar-se, em meados dos anos 90, no que diz respeito aos hábitos de escrita e comunicação no mundo todo. Primeiro surgiu o e-mail, depois vieram as salas de bate-papo e os comunicadores instantâneos (como ICQ e MSN) e, finalmente, os blogs e as redes sociais (Orkut, Facebook, Twitter, etc.)

O internetês - nome dado à grafia abreviada utilizada na internet - acabou se desenvolvendo e cristalizando-se à medida que a rede mundial de computadores evoluiu.
Muitas pessoas veem no internetês - essa espécie de "língua" oficial dos jovens conectados - um mal iminente, à espreita de corromper a forma padrão do idioma e de tornar o patrimônio da língua uma grande sala de bate papo, repleta de flw ["falou"], blz ["beleza"] e demais abreviações informais que, em geral, os adolescentes usam para comunicar-se.
Para João Luís de Almeida Machado, doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e editor do portal Planeta Educação, não é para todos o discernimento sobre quando e onde usar a grafia consagrada na web. Segundo Machado, referindo-se às novas gerações, a digitação rápida e a produção de mensagens instantâneas por meio de comunicadores eletrônicos concorrem com a produção de textos escritos à mão no papel.
-Para Arlete Salvador, autora de A Arte de Escrever Bem (editora Contexto). web não tem culpa de nada. Pessoas com boa formação educacional sempre conseguirão separar a linguagem coloquial da formal. Elas sabem quando dispensar os acentos e quando pingar todos os "is". Os manuais de cartas formais estão aí para provar que sempre houve uma linguagem para cada tipo de ambiente.

O que mais deveria chamar a atenção é a enorme quantidade de analfabetos funcionais no Brasil, cujo problema não á agravado pela linguagem da internet, nem tampouco solucionado, por se tratar de um problema de alfabetização. Isso vai além do tema proposto aqui. Como internauta “viciada” posso afirmar que os erros mais comuns aparecem não por culpa das abreviações, e sim, da falta de conhecimento da norma culta. Erros de grafia existentes não são ocasionados pelo uso da Web, e sim, por falta de educação formal. Uma pessoa que não aprendeu o português direito pode cometer erros independentemente do recurso de escrita utilizado: Papel ou teclado.

Porém os pais e educadores devem saber que sempre houve e sempre haverão mudanças e evolução no que se refere à comunicação, o que é positivo, porém, não se pode deixar chegar a um ponto que a gente deixe de se entender daqui a vinte anos.

Vc tb tc assim? Eu Tb! Eh pq vc tb usa a net!

Sem crises....


Matéria baseada na revista Língua Portuguesa - Editora Seguimento

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

"Não vai estar dando pra estar fazendo." - Gerúndio




Oi, pessoal!

Nossa primeira matéria do ano abordará o seguinte tema: Gerúndio.

Primeiro gostaria de explicar de onde tirei a ideia de criar uma matéria com esse tema...rs

Passei uma temporada no Rio de Janeiro, e, numa conversa na véspera de minha volta para São Paulo, soltei a seguinte frase: "Amanhã, nesse horário estarei voando de volta pra Sampa."

No momento que soltei a frase, cobrei a mim mesma: "Isso é gerúndio!!!"

Como sou loira mas não sou clichê me ví obrigada a pesquisar mais sobre o assunto pois naquele momento percebi que existe um certo preconceito com o "coitado" do gerúndio, já que considerei correta a minha colocação, e agora quero dividir com vocês.

Vamos lá?

Primeiro temos que conhecer as formas nominais do verbo, das quais o gerúndio é integrante:

Infinitivo: Indica a ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante a substantivo. O infinitivo é o nome do verbo. Exemplo Ler, dormir, falar, sonhar...

Particípio: Indica uma ação já acabada, finalizada, adquirindo uma função parecida com a de um adjetivo ou advérbio. É reconhecido pelas terminações ado,ido

Gerúndio: indica uma ação em andamento, um processo verbal ainda não finalizado. Pode ser usado em tempos verbais compostos ou sozinho, quando adquire uma função de advérbio.É reconhecido pela terminação ndo. Exemplo: andando, comendo, rindo.

Supino: Em gramática, supino é uma forma verbo-nominal usada em alguns idiomas. No português o supino é usado com a preposição para mais um verbo. EX.:ela entristeceu-se (Ela ficou triste).


Agora já sabemos como se classifica o gerúndio, mas como deve ser utilizado?

O gerúndio legal:

Pode e deve ser usado para expressar uma ação progressiva em curso ou uma ação dependente ou simultânea à outra.

Vem combinado com os verbos auxiliares: ESTAR, ANDAR, IR, VIR. Deve ser usado quando uma ação depende da outra.

EX: Estavam sonhando.
Andei lendo seus textos.
Ia escrevendo poesias, uma a uma, a cada anoitecer.
E o Sol vai se pondo devagar.


No caso da frase que citei: "Amanhã, nesse horário estarei voando de volta pra Sampa" está correta porque mostra um futuro em relação a outro futuro, com ações diferentes feitas simultaneamente.

O gerúndio mau:

Já virou piada a famosa frase dos atendentes de telemarketing: "Estarei tranferindo sua ligação."

Ao adotar o gerúndio numa frase que não o faz necessário, a pessoa finge indicar uma ação futura com precisão, quando na verdade não o faz.

Ninguém diria: "Vamos estar fazendo um happy hour na sexta-feira" porque soaria muito formal. Em ambas as situações pode se dizer de uma forma mais simples: "Transferirei sua ligação", "Faremos um Happy hour na sexta-feira".

Transmite-se assim a ideia de um "compromisso", ao invés da ideia de "promessa" que transmite o gerúndio.


Temos que estar tomando cuidado, sabendo que pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando ou escrevendo desse jeito. (Ufa!)

Temos que tomar cuidado, e saber que existe uma maneira de aprender a parar de falar e escrever desse jeito.

(Melhorou, não acham?)



É isso, pessoal, esse é um tema bem abrangente e tentei repassar a vocês apenas a diferença entre o bom e o mau emprego do gerúndio.


Sem crises!