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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A lenda de Rui Barbosa - Comunicação

Oi pessoal!

Falar de Língua Portuguesa, remete-nos ao período escolar no qual nossa grade curricular era preenchida por várias matérias como Matemática, Biologia, Geografia, História, entre outras, mas na verdade, o estudo do Português é muito mais abrangente do que aprender as muitas regras fundamentais. Entre outras ramificações, o curso de Letras abrange o estudo da Linguística, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira, Teoria da Literatura, Língua Inglesa, e, no caso da licenciatura é incluído o estudo da Tecnologia da Informação e Comunicação e estudo das Políticas Públicas da Educação.

Todas essas ramificações fazem parte de um estudo aprofundado de algo que conhecemos desde o nosso nascimento: A comunicação. Foi a partir da comunicação que se desenvolveram, por uma questão de ordem e necessidade, os outros estudos.

Esse é o tema de nossa matéria: COMUNICAÇÃO. Tema este, sugerido pela Zoraide, minha professora universitária de Língua Portuguesa e seguidora do Crase sem Crise. Caso algum colega ou mestre queria acrescentar ou relembrar algum detalhe no blog, reafirmo que o mesmo estará sempre aberto a críticas, sugestões, elogios.

Embora a Comunicação seja um tema muito abrangente, apenas entraremos com sua definição e daremos um exemplo de tentativa de se transmitir uma ideia.


Vamos lá?

COMUNICAÇÃO

Definição: AÇÃO de Colocar Ideias em COMUM. (Leia as palavras e letras destacadas de trás pra frente)




Um exemplo clássico de tentativa de comunicação segue abaixo:



A lenda de Rui Barbosa
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um ruído estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:

- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

E o ladrão, confuso, diz: - "Dotô, eu levo ou deixo os pato?"


Não nos cabe aqui julgar o gatuno, que no texto faz o papel de receptor, por não ter conseguido entender a mensagem, pois confesso que o dicionário foi fundamental para que eu pudesse entendê-la, mas pelo menos temos a certeza de que não podemos roubar patos por aí, e que, no mínimo o ladrão não estava sendo, naquele momento, elogiado.
A lenda nos mostra que uma boa comunicação depende de se conhecer a estrutura ou o circuito que ela exige:
Circuito da Comunicação:

Mensagem= Circula entre os participantes de uma determinada situação de comunicação. Composta de regras e códigos.

Emissor = Elabora a mensagem

Receptor = Recebe e interpreta

Canal = Meio (através do qual se transmite a mensagem por ondas sonoras, grafismo, etc)

Código = Conjunto de regras de seleção e de combinação de signos. O emissor e o receptor devem compartilhar, ao menos em parte, o mesmo código.

Emissor = Elabora a mensagem

Referente= Pessoas, objetos, fatos reais ou fictícios pertencentes ao mundo que nos rodeia ou a mundos imaginados aos quais se referem os textos.



O que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar, ter ideias, porém, isso não basta, se as mantivermos presas dentro de nossa própria mente, pois pouco, ou nenhum efeito produzirão.


Já aconteceu com você de tentar explicar algo a alguém e, depois de se sentir cansado, fez a pergunta clássica: “Entendeu ou quer que eu desenhe?”

O desenho não deixa de ser um meio de comunicação, desde que esteja dentro do objetivo: Passar a mensagem.

Assim como nas outras, não podia faltar nessa matéria algo bem-humorado para refletirmos, relembro então a famosa frase do Velho Guerreiro Chacrinha:

“Quem não se comunica (BEM) se trumbica.” (Ou se estrumbica)




Sem crises...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pecados Empresariais. -COMUNICAÇÃO






Oi pessoal!

Agradeço a participação com comentários na última matéria. Hoje abordaremos um tema focado na comunicação empresarial.

Professsores universitários, em suas primeiras apresentações em sala de aula, independente de qual matéria irão lecionar durante o semestre, vêm cada vez mais frisando a importância da boa comunicação, seja ela na área de exatas, humanas ou biológicas. Grandes empresas de diferentes ramos intensificaram a contratação de consultorias especializadas visando oferecer treinamentos bem específicos para o mundo corporativo.

A comunicação, por ser um um ato diário e constante, faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso profissional, porém os problemas de escrita nas empresas podem tornar a comunicação profissional um inferno.


Abaixo, alguns exemplos de equívocos frequentes da comunicação empresarial:


  • Os verbos "haver" e "fazer" - Quando indicam tempo passado ou fenômeno meteorológico não devem ser flexionados:


Equivocado:

Houveram fatos inusitados na reunião.
Houveram muitas chuvas no mês de janeiro.
Haviam pessoas na palestra.
Fazem quatro meses que trabalho aqui.
Fazem anos que não a vejo.


Correto:

Houve fatos inusitados na reunião.
Houve muitas chuvas no mês de janeiro.
Havia muitas pessoas na palestra.
Faz quatro meses que trabalho aqui.
Faz anos que não a vejo.


  • Concordância incompleta - Há dificuldade em se concordar o sujeito com o verbo em frases invertidas ou em que o sujeito fica distante do verbo:


Equivocado:

Aconteceu muitos casos de reclamações de clientes.
Segue os documentos necessários para o cadastro.
Os produtos da empresa não contém prazo de validade.
Foi feito várias propostas.
Ocorreu nos meses de agosto e setembro sérias crises econômicas.
Vai aparecer mais candidatos à vaga.
Fica estabelecido as seguintes alterações.


Correto:

Aconteceram muitos casos de reclamação de clientes.
Seguem os documentos necessários para o cadastro.
Os produtos da empresa não contêm prazo de validade.
Foram feitas várias propostas.
Ocorreram nos meses de agosto e setembro sérias crises econômicas.
Vão aparecer vários candidatos à vaga.
Ficam estabelecidas as seguintes alterações.


  • Repetição de palavras, falta de clareza:


Quando a pessoa tem um vocabulário limitado, tenderá a repetir palavras; por isso, é importante reler o que se escreve e trocar o termo por sinônimos.


Para alcançar o sucesso na comunicação temos de derrubar algumas barreiras:

- Deixar de lado a postura egoísta que registramos quando crianças, que mesmo com dificuldades, limitações e erros, nossos pais e familiares, por conseguirem nos entender fizeram com que achássemos que não há mais necessidade de nos esforçar.

- Ter em mente que o mais importante é o domínio do português que envolve: VOCABULÁRIO, GRAMÁTICA, ORTOGRAFIA, PONTUAÇÃO E ACETUAÇÃO.

- Ser preciso nas mensagens, para que não haja necessidade de retrabalho, já que muitas vezes serão necessárias várias trocas de e-mails.

-Intensifique a leitura. Volte a estudar. Há cursos de reciclagem que focam aprimoramento em comunicação oral e escrita.



  • Planeje o que vai escrever:


A construção de pensamentos se dá de forma inconsciente, ivoluntária e muito rápida. Pensamos o tempo todo. Portanto, organize seu raciocínio.
Mais importante que ser objetivo é ter objetivos. É fundamental ter objetivos claros a serem expressos. Planeje a situação, pensando em quais são os principais pontos, a melhor maneira e melhores argumentos para serem apresentados.


Quer crescer profissionalmente? Então leia revistas, jornais, livros de ficção, não-ficção, como as biografias. Leia textos técnicos de sua área, mas grandes clássicos também. Se você acredita que falta tempo para leitura, carregue sempre um livro. Haverá com certeza uma oportunidade no trânsito, no ônibus, na sala de espera do médico, ou até mesmo naqueles minutinhos após o almoço.

A leitura proporciona a aquisição de conhecimentos variados e acelera o aprendizado de conteúdo visto em cursos.



Sem crises no ramo empresarial...






Post editado e baseado em matéria da revista Língua Portuguesa - Editora Segmento - Prof. Lígia Velozo Crispino - Fev. 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Quando bonito não é "beautiful" - Tradutores Automáticos





Oi pessoal!!
Essa matéria será um pouco diferente das outras, já que o tema nada tem a ver com regras e sim, com opiniões.

Na matéria "Quando grama não é a grama" o leitor Fernando F. postou um comentário questionando se existem palavras de duplo sentido também em outras línguas. Ainda não domino nenhuma língua estrangeira e não tinha material para responder a pergunta da forma que eu gostaria, então procurei na net, mas encontrei pouquíssimo conteúdo, e o pouco que encontrei postei como resposta.

A partir disso resolvi elaborar essa matéria relacionada ao uso de tradutores on-line, já que, assim como Fernando, muitos se interessam em aprender os segredos de outros idiomas, o que é muito louvável.

A graduação em Letras Português/Inglês mais cursos extracurriculares me deixarão preparada para tradução e interpretação pelo menos do inglês, mas até lá eu também utilizo esses programas.

Particularmente acredito que, quando se trata de entender apenas um conceito, uma conversa ou texto mais informal seu uso pode facilitar muito as coisas, por ser prático e rápido. Porém, se a intenção é obter um texto coerente, claro e muito próximo do original, é melhor ficar de olhos bem abertos quando se opta por programas de tradução.



Pesquisei sobre o assunto em vários sites, e os comentários nas matérias mostram que o assunto gera diferentes opiniões já que especialistas na área de exatas defendem fielmente o uso de tais programas, ao contrário dos da área de humanas, que criticam tal uso.


Achei 3 comentários interessantes, e tomei a liberdade de introduzi-los nessa matéria:


SOLANGE
FORMADA EM LETRAS - SAO PAULO - SP

Quando ainda estava no colégio, um professor meu de física disse que não havia necessidade de estudar línguas,
já que o computador corrigiria ou traduziria tudo. Eu, ainda sem ter optado pelo curso de Letras, discordei.
Porque sabia que a máquina até poderia corrigir palavras escritas incorretamente, mas nunca seria capaz de criar um texto.
As correções gramaticais feitas pelos corretores automáticos, são ridículas. E as traduções, patéticas.

Mas aqui, pelo que pude perceber lendo alguns comentários é que, quem é das áreas de tecnologias defende,
claro, os tradutores automáticos. Mas quem é da área de comunicação sabe que eles NUNCA serão capazes
de substituir o elemento homem na tradução. Simplesmente porque as línguas não são exatas.
Elas são mais que instrumento de comunicação. Representam uma cultura, um povo, com suas particularidades,
com seus modos de estar no mundo. E, além disto, as línguas mudam com o tempo. Não são estáticas.


Mas o pessoal das exatas dificilmente vai compreender isso, justamente porque são das exatas e as línguas não são exatas.

CARLOS
ARQUITETO - RIO DE JANEIRO-RJ
Ahmmm Agora entendi porque as legendas de filmes estrangeiros são tão alucinadas.



ALEXANDRE
WEBDESIGNER - CAMPOS DO JORDÃO
Vejam um exemplo de um trecho de notícia traduzida do site do NyTimes. Original:

"We can't vote. Everybody knows it," said Hakmatullah, a farmer who, like many Afghans, has only one name.
"We are farmers, and we cannot do a thing against the Taliban."

Traduzido:
"Nós não podemos votar. Toda a gente sabe isso ", disse Hakmatullah, um agricultor que, como muitos afegãos, tem apenas um nome.
"Nós somos os agricultores, e nós não podemos fazer uma coisa contra os Taliban."

Ao meu ver está ótimo... Praticamente, sem falhas..


Informo que os comentários nessa matéria estão abertos.

Sejam bem vindos e participem!!


E você? O que acha dos tradutores on-line?