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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Adjunto adnominal ou complemento nominal? - Sintaxe


Oi, pessoal!

Após aprendermos as diferenças entre frase, oração e período, começamos estudando os termos essenciais da oração - sujeito e predicado. Pela ordem deveríamos estudar os termos integrantes - objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e o agente da passiva. Porém, peço a vocês esse espaço, pois sinto-me na obrigação de  esclarecer neste post a análise de complemento nominal e adjunto adnominal. Explico o motivo.

A nossa última prova de Língua Portuguesa teve foco também em Análise Sintática. Deixei de tirar nota 10 (embora eu  não concorde com esse tipo de avaliação) justamente por causa da semelhança entre adjunto adnominal e seu irmão quase idêntico complemento nominal. Com base no poema de Eduardo Alves da Costa, o fragmento a ser analisado era o próprio título:"Prova de carinho".

Pergunta: -Qual é a função sintática do termo "de carinho"?
Resposta: -A função sintática do termo "de carinho" é de adjunto adnominal de "prova".
RESPOSTA ERRADA




O pior é que o meu 10 já estava garantido, pois a minha professora já havia corrigido minha prova e a de outros alunos, até o momento em que se deparou com a primeira resposta que afirmava tratar-se de "complemento nominal". Deixo claro que ela tem mais de 30 anos de sala de aula e é  alguém que admiro muito. Vou tentar, a cada dia, ser pelo menos parecida com ela.



Na dúvida, ela foi consultar e "corrigiu as correções". Foi aí que perdi meu querido meio-pontinho, e ainda escreveu: "Vale a rasura, a nota é 9,5" - Abaixo, note um errado que já foi um certo.



Mas tudo bem! Se até a mestre se confundiu, quem sou eu para acertar em cheio? Desde então, saber diferenciar adjunto adnominal de complemento nominal, para mim tornou-se uma questão de honra!


Coincidentemente, na semana seguinte, recebi uma mensagem de um primo querido, o Serginho, que dizia: "[...] tenho uma dúvida que me mata. Não consigo definir complemento nominal. Acho muito sutil a diferença quanto a adjuntos ou objetos [...]"


Tem razão, Serginho. A diferença é muito tênue, mas já adianto que encontrar os "objetos" é mais fácil, e sobre eles, estudaremos na próxima postagem.
Por enquanto, vamos apenas diferenciar o adjunto adnominal do complemento nominal e matar isso de vez.



Vamos começar pelas definições:

Adjunto adnominal é o termo da oração que MODIFICA um SUBSTANTIVO, caracterizando-o ou determinando-o.                                                                                                                                

O discurso do orador emocionou a assistência. (substantivo)

O amor da mãe é incondicional. (substantivo)

Complemento nominal é o termo da oração que COMPLETA NOMES (substantivos, adjetivos e advérbios) e vem sempre PREPOSICIONADO.

As crianças sentem necessidade de atenção. (substantivo)

Considero o rapaz apto para a vaga. (adjetivo)

Continuou distante de mim. (advérbio de lugar)


Notamos que a maior diferença entre os dois termos é que o adjunto adnominal modifica APENAS SUBSTANTIVOS, pode ou não ser precedido de preposição e o complemento nominal completa tanto substantivos, como adjetivos ou advérbios, vem sempre precedido de PREPOSIÇÃO e NUNCA indica posse.

Mas e quando aparecer um substantivo + preposição? Como saber se é um complemento ou um adjunto? Uma forma fácil é por analisar se o substantivo (o nome) é transitivo (se precisa de complemento) ou não. Se precisar, será complemento nominal. Ex:

A procura por vagas aumentou.

Substantivo - "procura" (transitivo -procura pelo quê?)
Complemento nominal - "por vagas" - completa o sentido de "procura"

O discurso do orador emocionou.

Substantivo -  "discurso" (intransitivo - não se faz perguntas a ele)
Adjunto adnominal - "do orador" - especifica o "discurso".

No momento de responder a questão da avaliação eu deveria ter feito a pergunta ao substantivo:

Prova de quê? -  de carinho - complemento nominal


É isso, pessoal! Se estudarem com atenção essas regras será mais fácil identificar um termo do outro. Trabalhem com as eliminações, pois nesses casos isso não é sinal de falta de conhecimento e sim de estratégias que, muitas vezes funcionam. Apenas tomem muito cuidado com isso.


Na próxima postagem daremos continuidade à série em sua ordem. Estudaremos os objetos diretos, os indiretos e agente da passiva.

Até a próxima postagem, pessoal!!

Mônica