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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Equilíbrio: Princípio fundamental da DIDÁTICA.

Gostaria de agradecer aos leitores e seguidores do blog pelos acessos e por fazerem esse projeto ter sentido. Embora as palavras-chave utilizadas pelos leitores denunciem que, em maior parte, as buscas são feitas por adolescentes, a grande maioria dos 105 seguidores do Crase é de adultos, profissionais de diferentes áreas mas principalmente da área da educação. Pensando nisso, essa matéria foi criada para que todos nós, estudantes ou veteranos dessa área reflitamos sobre nossas atitudes e práticas docentes, mas que também será útil para profissionais de todos os setores. Então vamos lá!
                                               
Equilíbrio: Princípio fundamental da DIDÁTICA.

                Para praticarmos a moral tanto em aspectos profissionais quanto em qualquer outro, é necessário primeiramente ter e exercer ética. As nossas atitudes são um reflexo da nossa vontade ou motivação, mas o objetivo inicial é exercê-las visando o bem a si mesmo e à sociedade.
Devemos ter em mente que existem extremos em todos os setores da vida, possibilitando a nós livre escolha. É importante então, encontrar o ponto de equilíbrio entre esses extremos. Daremos o exemplo do uso do dinheiro, já que é um assunto que interessa a todos nós.
Nesse critério, vamos falar sobre o primeiro extremo: a prodigalidade. Este diz respeito ao pródigo, ou “rebelde”, que costuma ter gastos maiores do que o que sua renda lhe oferece. Este indivíduo compromete tanto a si mesmo quanto a economia, sem falar daqueles que comprometem até mesmo bens alheios.
O segundo diz respeito ao avarento ou mesquinho, que guarda seus bens ou valores não se sabe para quem, pois não investe e não compensa nem a si próprio pelo seu trabalho, que dirá em benefícios de terceiros.
                Existe um “ponto de equilíbrio” entre e prodigalidade e a avareza? Sim, é a chamada liberalidade.  Esse equilíbrio faz com que o indivíduo controle a sua renda, beneficiando a si mesmo e a outros, pois mantém a economia estável (consumindo) e ao mesmo tempo não se prejudica com dívidas que lhe tiram o sono.
                Mas o que esse exemplo tem a ver com a prática docente?
                Esse paralelo pode ser feito embasado no mesmo critério de ética. A liberalidade ou o equilíbrio na docência significa compartilhar conhecimentos adquiridos em benefícios de um todo. É ir além de aprender. É ensinar. Desta forma, a prodigalidade na docência se dá quando o indivíduo não soube utilizar o que aprendeu e, aos poucos, torna-se alienado dos sistemas educacionais, sociais e políticos que regem a nossa sociedade. Este foi tolo, pois além de não ajudar outros, uma vez que omitiu sua carga de conhecimento, também gastou tempo e recursos em vão.  Por sua vez, a avareza na docência se dá quando o indivíduo acumula para si todo o conhecimento, que não tem efeito e nem causa. Conhecimento este que não é engajado em proporcionar a outros a aprendizagem e a cidadania e, pela falta de uso, esquece o que aprendeu.
                Outro exemplo de ponto de equilíbrio que pode ser considerado é a sinceridade, que está entre a cólera (raiva) e a amabilidade. Inevitavelmente, em alguma situação ocorrerá a cólera, mas esta deve ser justa e controlada, e é neste momento que se deve praticar a sinceridade, isto é, o saber lidar de forma realista com o problema, sem perder o equilíbrio da justiça.
                O bom-humor e a ética docente podem e, a meu ver, DEVEM andar juntos na prática docente. A pessoa espirituosa sabe lidar com o bom-humor, utilizando-o sem perder a ética. Isto pode, muitas vezes, ser uma estratégia do educador para alcançar seu objetivo, que no caso é ganhar a atenção do educando para o conteúdo pedagógico. Atrevo-me, por conhecimento de causa, a afirmar que o bom-humor é até mesmo um importante diferencial que pode ser atribuído ao educador.
                Dentre todos os exemplos citados, um ponto de equilíbrio que deve predominar na prática docente é o de dois extremos comportamentais: a falsa modéstia e a jactância.
               O falso modesto minimiza suas qualidades, subestima-se, embora esteja ciente de sua capacidade. Por sua vez, o jactancioso é o extremo mais preocupante. Este exagera as verdades sobre si mesmo quanto ao seu grau de conhecimento pedagógico e intelectual, o que não contribui nem para a sociedade nem para o próprio indivíduo.
               Concluo que podemos e devemos primeiramente conhecer a nós mesmos enquanto exercemos nossos papéis na sociedade como pais, educadores, formadores de opinião, etc. Dentro de todo e qualquer extremo, existe a riqueza do meio-termo, que podemos aplicá-lo na nossa vida pessoal, profissional e espiritual. 

Manter o equilíbrio é fácil? A imagem responde a essa pergunta, por isso TREINE.

Equilíbrio na prática docente?

Sem crises...

Por Mônica Lima Falsarella, a partir do livro "Os Dez Mandamentos da Ética" do escritor Gabriel Chalita.

4 comentários:

  1. Amor, excelente artigo.
    Isto pode ser levado em conta em todas as áreas, eu mesmo faço o "compartilhamento" do meu conhecimento escrevendo artigos.
    Conhecimento sem uso é quase sempre inútil

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  2. Que surpresa, Dô!

    Obrigada, mas você é suspeito...rs

    Os seus artigos ajudam muita gente, e espero ajudar também!

    Beijo,

    Mônica

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  3. Bem, creio que a minha opinião não será suspeita. rsrs
    Achei excelente o artigo, Mônica! E peço licença para complementar o comentário do Douglas, dizendo que existem três coisas que são inúteis: conhecimento sem compartilhamento, fé sem obras, e amor sem demonstração.
    Um beijo.
    Feliz Páscoa para todos!
    Maria Lúcia

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  4. Olá, Maria Lúcia!

    Sem comentários para seu emocionante comentário.rs
    Muito obrigada!

    Bjs
    Mônica

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