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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dilma Rousseff: Presidenta ou presidente? - Flexão de gênero - MORFOLOGIA


Oi, pessoal!


Durante o processo das eleições, e, principalmente após a definição de quem governará nosso país pelos os próximos quatro anos, surgiram dúvidas de como chamar Dilma Rousseff: Presidenta ou Presidente da República?

Na minha humilde opinião, soa com muito mais “brilho” o uso de “a presidente da república”, mas vamos consultar nosso “pai”, o dicionário Antônio Houaiss, para termos uma definição do significado e escrita:

pre.si.den.te: s.2g 1 quem dirige os trabalhos em um congresso, assembleia, tribunal etc. 2 título oficial do chefe do governo no regime presidencialista 3 título oficial do chefe da nação nas repúblicas parlamentaristas GRAM/USO o fem. presidenta tb. é us.




A dúvida já está respondida. O termo “presidenta” pode ser utilizado, porém temos na palavra “presidente” um substantivo comum de dois gêneros (s.2g). Para entendermos, vamos definir como se classificam os gêneros dos substantivos.

Este estudo, dentro da morfologia, é chamado de Flexão de Gênero.

Em português, geralmente a flexão de gênero é feita pela troca de –o por –a o com o acréscimo da vogal –a, no final da palavra:

cozinheiro – cozinheira
doutor – doutora

Cuidado: não se pode confundir o gênero da palavra com o sexo do ser, objeto ou coisa:

o grama (peso)                        o telefonema               a comichão


Substantivos uniformes:

Apresentam uma única forma para os dois gêneros e são classificados em comuns de dois gêneros, epicenos e sobrecomuns.


Substantivos comuns de dois gêneros:

Admitem a mesma forma para o masculino e para o feminino. Para diferenciar seu gênero, colocamos antes ou depois deles um artigo, pronome adjetivo ou adjetivo. Exemplos:

o/a presidente             um/uma paciente                   outro/outra mártir
o/a imigrante              este/esta colega                      novo/nova agente
o/a artista                   aquele/aquela cliente             modelo lindo/linda


Epicenos:

Designam animais e algumas plantas, e são invariáveis. Diferencia-se o sexo pelo emprego da palavra macho ou fêmea:

a baleia-azul macho                a baleia-azul fêmea
o mamoeiro macho                 o mamoeiro fêmea

Sobrecomuns:

Referem-se a seres humanos. Usam-se as expressões do sexo feminino ou do sexo masculino:

a criança (do sexo feminino ou masculino)
o indivíduo (do sexo feminino ou masculino)
a testemunha (do sexo feminino ou masculino)
o cônjuge (do sexo feminino ou masculino)

Substantivos biformes:

Apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino:

ator – atriz                  monge – monja                      elefante – elefanta
cidadão – cidadã        ladrão – ladra                        cavalheiro – dama
cavaleiro – amazona  zangão – abelha                     genro – nora


Há substantivos que mudam de sentido quando se troca o gênero. São chamados de substantivos de gênero aparente:

o capital (dinheiro)                 a capital (cidade principal)
o guia (acompanhante)           a guia (documento)
o grama (peso)                       a grama (relva)

É isso, turma! O termo “a presidenta” está gramaticalmente correto, porém, o termo “a presidente” continua sendo mais utilizado dentro das normas cultas de linguagem.



Sem crises com a escrita, pronúncia e, esperamos sinceramente, com o governo da presidente eleita...



Fonte de pesquisa: Gramática em textos - Leila Lauar Saramento - Editora Moderna

domingo, 17 de outubro de 2010

Sintaxe à vontade!!

Oi pessoal!!

Recebi esse vídeo da professora  e coordenadora do curso de Letras da UNIESP, Daniele Pagani, e achei por bem dividi-lo com vocês!!

Para nós, apaixonados pela Língua!!

Sintaxe à vontade!!!


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Formação das palavras - MORFOLOGIA


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Oi pessoal!

O acesso à matéria Estrutura das palavras foi muito significativo, portanto, sinto-me na obrigação de concluir essa etapa da morfologia com o processo de Formação de palavras.

Já vimos que os morfemas são as unidades mínimas significativas das palavras, e que as palavras podem apresentar em sua estrutura elementos mórficos denominados radical, afixo, desinência, vogal temática, vogal e consoante de ligação.

No processo de Formação das palavras, muitas vezes as palavras existentes não expressam na íntegra os sentimentos ou ideias, e a partir delas são criados novos vocábulos, novas palavras.

Na formação de novas palavras existem dois processos básicos: Derivação e Composição, e cada um desses processos tem suas ramificações. Vamos por partes, começando pelas definições.

Formação de palavras: Conjunto de processos da Morfossintaxe que permitem a criação de vocábulos novos, com base em radicais.
                  
Derivação: Formação de palavra (derivada), a partir de uma palavra primitiva, com acréscimo de prefixo e/ou sufixo.

Derivação prefixal ou prefixação:

Acrescenta-se um prefixo a um radical ou a uma palavra primitiva, cujo sentido se altera.

Incapaz           antebraço        reeditar           vice-diretor     premeditar


Derivação sufixal ou sufixação:

Acrescenta-se um sufixo ou radical ou a uma palavra primitiva (que pode mudar o significado), ou de classe gramatical.

furioso            pescador         fechadura       róseo   febril   corrigível


Derivação prefixal ou parassíntese:

Acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um mesmo radical ou à palavra primitiva. Se for retirado da palavra o prefixo ou o sufixo, a palavra não apresentará um sentido completo.

acariciar         ensaboar         amadurecer                esfriar


Derivação prefixal e sufixal:
Acrescenta-se um prefixo e um sufixo a um mesmo radical em sequência, ou seja, os sufixos não são anexados ao mesmo tempo. Mesmo que seja retirado o prefixo ou sufixo, a palavra ainda apresenta um sentido completo.

desobediência                        indispensável              reposição        desigualdade


Derivação regressiva:


Subtrai-se a parte final de uma palavra primitiva e, por meio dessa redução, obtém-se uma palavra derivada. Formam-se principalmente substantivos a partir de verbos, em geral da primeira e segunda conjugações.


primitiva -   derivada:
perder - perda
cortar – corte
apelar – apelo
censurar – censura

Nos casos em que é o verbo que se forma a partir do substantivo, quando esse substantivo representa objeto ou substância não exprime ação. Portanto o verbo constitui a palavra derivada, e o substantivo é a palavra primitiva. Veja:


primitiva - derivada:
planta – plantar
perfume – perfumar
alimento – alimentar

Derivação imprópria:

Mudança de classe gramatical sem que haja modificação em sua forma. Observe:

O sábio e o justo nem sempre veem lado a lado.

As palavras sábio e justo assumiram função de substantivo, sendo eles adjetivos. Poderiam, adequadamente, ser substituídos por sabedoria e justiça, respectivamente.


Com o tempo o viver trouxe-lhe experiências.

O verbo viver assumiu forma de substantivo. Poderia, adequadamente, ser substituída por vida.



Composição por justaposição:

Os radicais ou palavras se unem sem nenhuma alteração fonética ou gráfica, ou seja, prevalecem com a mesma pronúncia e escrita, sendo ligados ou não, por hífen.

passatempo     quinta-feira     sempre-vivas     bumba-meu-boi    girassol       tique-taque

Composição por agluinação:

As palavras ou radicais fundem-se e ocorre a perda ou a alteração fonética ou gráfica, ou seja, conservam a mesma pronúncia e escrita, sendo ligados, ou não, por hífen.

planalto (plano + alto)

vinagre (vinho + acre)

embora (em + boa + hora)



Outros processos de formação de palavras:

Estrangeirismos: Empréstimos linguísticos provenientes de língua estrangeira em diferentes épocas, palavras geralmente escritas em itálico:

show                air-bag                        shopping         check-out

Hibridismo: há combinação ou união de palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.

surfista (inglês e grego)
reportagem (inglês e latim)
sociologia (latim e grego)

Abreviação ou redução vocabular: resulta da eliminação de um segmento da palavra para se obter uma forma mais curta, que tem o mesmo significado da palavra original.

pornô (pornográfico)
otorrino (otorrinolaringologista)
moto (motocicleta)


Onomatopeia: imitação de sons, ruídos e vozes de animais que são reproduzidos pela formação de uma palavra nova.


 Siglonimização: Siglas, que resultam da combinação das letras iniciais da palavras que formam um nome.

CPF: Cadastro de Pessoa Física
FMI: Fundo Monetário Internacional

Palavra-valise: formada tanto linguagem colonial, como no padrão culto, pela fusão de duas palavras; no processo, ao menos uma sofre truncamento:

portunhol (português e espanhol)
showmício (show e comício)
bebemorar (beber e comemorar)
Flaflu (Flamengo e Fluminense)


É isso, turma! Concluimos o processo de estrutura e formação de palavras no estudo da Morfologia.


Fonte: SARAMENTO, Leila Lauar - Gramática em textos - Editora. Moderna.


Sem crises...


Mônica

domingo, 29 de agosto de 2010

O Enigma do Guarda Roupa - Dica de leitura!

Oi pessoal!!

Apresento-lhes o livro O Enigma do Guarda Roupa, escrito por Sérgio Simka e Luana McCain.


Para mim é um prazer participar da divulgação do livro, pois é o primeiro de uma série escrita por uma colega da mesma universidade que estudo, o que me enche de orgulho e expectativas.  Também tive a honra de conhecer Sérgio Simka, e tenho certeza que essa parceria trará muitos frutos, e os mais beneficiados seremos nós: os leitores.


O Enigma do Guarda-Roupa é o primeiro volume da série Horror, composta por cinco títulos independentes, cujo objetivo é proporcionar calafrios de medo no leitor, mediante histórias arquitetadas no sobrenatural e nas profundezas da mente humana.
Com enredos simples, capítulos curtos e linguagem rápida, sem rodeios, os livros pretendem alcançar o público que não dispõe de tempo suficiente para leituras áridas, menos ainda o de fazer longos exercícios de imaginação.
Pretendem, também, transformar o ato de ler em momentos inesquecíveis, de modo que estes despertem o interesse, a curiosidade e motive o leitor a encantar-se com o universo da leitura.


Deliciem-se com um trecho do livro:

“Tudo indicava que eu ia cair feito banana podre.
No entanto, mãos me agarraram.
Puxaram-me. Deitei-me nas telhas. Respirei serenamente.
Imaginei serem as mãos abençoadas do meu irmão ou da minha mãe. Olhei ao redor.
Não havia ninguém.
A quem pertenciam aquelas mãos, então?”



Sobre os autores:

Sérgio Simka

É professor universitário e escritor. Fundador e coordenador do Grupo de Escritores da Universidade do Grande ABC (UniABC), de Santo André-SP, e coordenador do curso de Letras das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP).

Luana McCain

Cursa Letras na UNIESP (antigo IESA), em Santo André-SP.

Seri

É jornalista e ilustrador. Trabalha no jornal Diário do Grande ABC, de Santo André-SP.


O Enigma do Guarda Roupa já pode ser adquirido nas livrarias Saraiva e Cultura.

Segue o link da editora Iglu:

http://www.iglueditora.com.br/livros/Geral/page:1



É isso aí, turma, fica aqui a dica!



Sem crises, e sim, uma boa leitura!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Estrutura das palavras - Morfologia

Oi, pessoal!

Inicialmente peço desculpas pela ausência nos últimos meses, e agradeço a todos os seguidores que enviaram e-mails carinhosos, sugestões de matérias, bem como dou boas-vindas aos novos seguidores, que hoje já totalizam 61!
Agradeço também aos outros seguidores, sim, àqueles internautas anônimos que utilizam o blog como de ferramenta de estudo, fazendo buscas no Google como: “Reforma Ortográfica – blog Crase sem Crise” (Tocantins), ou "blog de Mônica que fala de uma resenha do filme escritores da liberdade" (Natal). Confesso que achei essa última muito fofa! Fico muito feliz em saber que em mais de 200 diferentes cidades do Brasil o blog está sendo referência para agregar conhecimento.


Se levarmos em consideração o fato de que a Língua Portuguesa, assim como todas as outras línguas são constantemente mutáveis, sabemos que estamos em constante e eterna aprendizagem. Hoje, nossa matéria abordará a Estrutura das Palavras, dentro do estudo da Morfologia. Não se assustem, pois, como sempre ocorre na Gramática, as nomenclaturas são complexas, porém, é um estudo de fácil entendimento. Então, chega de ladainha! Vamos às regras?


Morfologia

Estrutura das palavras



Cada palavra apresenta em sua estrutura diferentes elementos, que chamados morfemas ou elementos mórficos. Estes elementos são indivisíveis, e são classificados como: radical, afixo, desinência, vogal temática, vogal e consoante de ligação.

Vejamos um por um desses elementos.

Radical: É o elemento básico da palavra. Não apresenta variação, apenas seu significado.

Flor-es            flor-icultura    flor-ecer

As palavras que têm o mesmo radical da mesma família são chamadas palavras cognatas.

Há palavras que apresentam somente o radical. Exemplo:

Sol       voz      gol       sabor

Afixo: Elemento que, ao juntar-se com o radical, forma outra palavra. Temos dois tipos de afixos: o prefixo, que é colocado antes do radical e sufixo que é colocado depois do radical.

des-povoado (des-  prefixo)
flor-ista          (-ista – sufixo)
re-avalia-ção (re- prefixo, -ção – sufixo)

Desinência: Indica flexões dos nomes e dos verbos. Sempre aparece no final das palavras variáveis, ou seja, que variam na forma (verbos, substantivos, etc.)
Podem ser desinências nominais ou desinências verbais.

Desinências nominais: Caracterizam as variações de substantivos, adjetivos e certos pronomes quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Vejamos:

filh-a-s  : filh- – radical, -a – desinência de gênero (feminino), -s – desinência de número (plural)

Desinências verbais: Indicam as variações dos verbos, que são de:

Pessoa: (primeira, segunda e terceira)
Número: (singular e plural)
Tempo: (presente, passado e futuro)
Modo: (indicativo, subjuntivo e imperativo)

Pens-a-re-mos

Pens: radical
-re: desinência verbal de modo-temporal (indicando futuro do presente do indicativo)
-mos: desinência verbal de número-pessoal (indicando 1ª pessoa do plural)


Vogal temática: Tem a função de ligar o radical às desinências, além de formar algumas classes de palavras. Pode ser verbal ou nominal

verbal

Brinc-a-m (vogal temática da 1ª pessoa)
Dev-e-ria (vogal temática da 2ª pessoa)
Fug-i-sse (vogal temática da 3ª pessoa)

nominal:

Livr-o (-o vogal temática nominal)
Pianist-a-s (-a- vogal temática nominal)


A união do radical com a vogal temática é chamada de tema.

Cont-a-s – conta é o tema.


Vogal e consoante de ligação:

São elementos que unem determinados radicais a certos sufixos, para possibilitar ou facilitar a leitura de determinada palavra.

Flor-i-cultura (vogal de ligação)

Pau-l-ada (consoante de ligação)






Por hoje é só, turma!



Sem crises para classificar morfologicamente os elementos das palavras!



Fonte: Gramática em textos - Leila Lauar Saramento - Ed. Moderna

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Escritores da Liberdade" - RESENHA


Oi pessoal!!

Eu havia prometido a mim mesma não postar matérias didáticas durante as férias, mas como diria minha professora Maria Cristina Barducco, que tem nada mais nada menos que 43 anos de sala aula: "Duas semanas sem ler nada, sem estudar nada, EMBURRECE". Portanto, não resisti! Dessa vez não abordaremos regras, embora seja minha paixão, e sim produção de texto, minha segunda paixão. 

Especificamente, o tema hoje é: RESENHA.


Abaixo, segue uma resenha crítica do filme "Escritores da Liberdade", feita por mim. 

"Escritores da Liberdade" - RESENHA - Mônica Lima Falsarella


Escritores da Liberdade (UIP - EUA, 2007 -122 minutos), dirigido por Richard Gravenese, é um filme dramático e proporcianalmente emocionante, que conta os desafios que Erin Gruell (Hillary Swank) enfrentou no início de sua carreira como professora de Literatura Inglesa para jovens negros e asiáticos na América. 

Além de sofrer inicialmente objeção de seu pai e, posteriormente de seu marido em tentar reverter o quadro de completo caos na sala 203, na qual preconceitos raciais e rivalidade entre gangues e predominavam, Erin sofreu também exaustiva oposição da diretoria da escola, do professor que lecionava para séries mais avançadas, bem como pela diretoria do conselho Educacional.

Tais desafios pareciam mais um combustível pra a determinação de Erin, que utilizou um método consideravelmente eficaz com seus alunos, no qual foram incluídas atividades em grupo, com o objetivo de os alunos passarem a se conhecer melhor, e forte incentivo à leitura e à escrita.

A leitura do livro "O Diário de Anne Frank", para os alunos, foi um fator relevante para que começassem a ter apreço pela leitura, e, como último projeto, já que Erin deixaria de lecionar aos alunos da sala 203 nos anos seguintes, a professora sugeriu que, a exemplo do livro "Diário de Anne Frank", os alunos escrevessem cada qual seu próprio diário, contando suas vidas, o que estumulou neles o prazer da escrita.

Mais tarde, com a junção de todos os diários, foi dada origem ao livro "Diário dos Escritores da Liberdade", livro este que foi posteriormente publicado.

O resultado desse belo trabalho pedagógico não poderia ser diferente: Erin recebeu autorização para lecionar a séries mais avançadas, continuando assim, com a sua turma da sala 203 até a formatura, e, anos depois, foi autorizada a lecionar também a universitários.

No entanto, o ponto principal da história vai além do que podemos considerar concreto ou palpável. Erin Gruell mudou vidas, conceitos individuais do que é certo e errado e, principalmente, aumentou a autoestima de jovens que até então eram considerados "perdidos" ou "sem-futuro".

A determinação, empenho e abnegação de Erin em transformar vidas, nos deixa emocionados e certos de que toda situação, embora pareça desanimadora e irreversível pode ser mudada para melhor, basta ter iniciativa e coragem.




RESENHA


Definição: Resenha é um gênero discursivo que apresenta características essenciais de uma obra (filme, livro, peça de teatro, etc), com argumentos para sustentar uma opinião pessoal.

      Os resenhistas caracterizam de forma sucinta a obra, e além disso, e podem apresentar juízos de valor ("...é um filme dramático e proporcionalmente emocionante"), com o intuito de oferecer ao leitor uma avaliação mais geral da qualidade e validade dessa obra. Nesse caso, a resenha é denominada crítica, e, quando há puramente juízo de fatos ("...preconceitos raciais e rivalidade entre gangues predominavam...") a resenha é denominada descritiva.

A resenha descritiva é composta de:

a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:

  • nome do autor (diretor)
  • título completo e exato da obra
  • nome da editora (produtora)
  • lugar e data da publicação (lançamento)
  • número de volumes e páginas (duração)


b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra:

  • indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (método, gênero, tom, etc)
  • resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.


Na resenha crítica, além dos pontos mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra, etc.  


É isso aí, turma! Como resenhista iniciante, espero que tenham gostado e que eu tenha convencido..rs!


Sem crises para elaborar uma resenha...



Créditos: FIORIN, José Luiz: SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação; 16. ed. São Paulo: Atlas, 2001

               Abaurre, Maria Luiza, Produção de texto - interlocução e gêneros - Ed. Moderna 2010





sexta-feira, 18 de junho de 2010

Um Adeus a Saramago






Na minha frente estava uma lua redonda e enorme, branca [...] Era tudo branco refulgente onde a lua dava e negro espesso nas sombras.

E eu que só tinha doze anos [...] adivinhei que nunca mais veria outra lua assim.

Por isso é que hoje me comovem pouco os luares: tenho um dentro de mim que nada pode vencer

A noite vinha devagar...Os animais faziam aqueles ruídos que parecem uma interminável conversa. Meu tio, à frente, assobiava devagarinho.

Por tudo isto me veio uma grande vontade de chorar. Ninguém me via, e eu via o mundo todo. Foi então que jurei a mim mesmo NÃO MORRER NUNCA.




Acima, trechos de "E também aqueles dias".

Colaboração do amigo redator Pedro Vilarim - "Saramago não é mais deste plano. Nunca foi. É o exemplo que mais justifica o homem ter inventado a escrita."