Oi pessoal!
Falar de Língua Portuguesa, remete-nos ao período escolar no qual nossa grade curricular era preenchida por várias matérias como Matemática, Biologia, Geografia, História, entre outras, mas na verdade, o estudo do Português é muito mais abrangente do que aprender as muitas regras fundamentais. Entre outras ramificações, o curso de Letras abrange o estudo da Linguística, Literatura Portuguesa, Literatura Brasileira, Teoria da Literatura, Língua Inglesa, e, no caso da licenciatura é incluído o estudo da Tecnologia da Informação e Comunicação e estudo das Políticas Públicas da Educação.
Todas essas ramificações fazem parte de um estudo aprofundado de algo que conhecemos desde o nosso nascimento: A comunicação. Foi a partir da comunicação que se desenvolveram, por uma questão de ordem e necessidade, os outros estudos.
Esse é o tema de nossa matéria: COMUNICAÇÃO. Tema este, sugerido pela Zoraide, minha professora universitária de Língua Portuguesa e seguidora do Crase sem Crise. Caso algum colega ou mestre queria acrescentar ou relembrar algum detalhe no blog, reafirmo que o mesmo estará sempre aberto a críticas, sugestões, elogios.
Embora a Comunicação seja um tema muito abrangente, apenas entraremos com sua definição e daremos um exemplo de tentativa de se transmitir uma ideia.
Vamos lá?
COMUNICAÇÃO
Definição: AÇÃO de Colocar Ideias em COMUM. (Leia as palavras e letras destacadas de trás pra frente)
Um exemplo clássico de tentativa de comunicação segue abaixo:
A lenda de Rui Barbosa
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um ruído estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz: - "Dotô, eu levo ou deixo os pato?"
Não nos cabe aqui julgar o gatuno, que no texto faz o papel de receptor, por não ter conseguido entender a mensagem, pois confesso que o dicionário foi fundamental para que eu pudesse entendê-la, mas pelo menos temos a certeza de que não podemos roubar patos por aí, e que, no mínimo o ladrão não estava sendo, naquele momento, elogiado.
A lenda nos mostra que uma boa comunicação depende de se conhecer a estrutura ou o circuito que ela exige:
Circuito da Comunicação:
Mensagem= Circula entre os participantes de uma determinada situação de comunicação. Composta de regras e códigos.
Emissor = Elabora a mensagem
Receptor = Recebe e interpreta
Canal = Meio (através do qual se transmite a mensagem por ondas sonoras, grafismo, etc)
Código = Conjunto de regras de seleção e de combinação de signos. O emissor e o receptor devem compartilhar, ao menos em parte, o mesmo código.
Emissor = Elabora a mensagem
Referente= Pessoas, objetos, fatos reais ou fictícios pertencentes ao mundo que nos rodeia ou a mundos imaginados aos quais se referem os textos.
O que nos diferencia dos animais é a capacidade de pensar, ter ideias, porém, isso não basta, se as mantivermos presas dentro de nossa própria mente, pois pouco, ou nenhum efeito produzirão.
Já aconteceu com você de tentar explicar algo a alguém e, depois de se sentir cansado, fez a pergunta clássica: “Entendeu ou quer que eu desenhe?”
O desenho não deixa de ser um meio de comunicação, desde que esteja dentro do objetivo: Passar a mensagem.
Assim como nas outras, não podia faltar nessa matéria algo bem-humorado para refletirmos, relembro então a famosa frase do Velho Guerreiro Chacrinha:
“Quem não se comunica (BEM) se trumbica.” (Ou se estrumbica)
Sem crises...